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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Trump cumpre promessa e começa guerra comercial

Vida mais fácil para quem quer investir nos Estados Unidos da América, cortes de impostos para empresas e classe média e os primeiros passos para abandonar acordos comerciais internacionais. Eis a primeira segunda-feira de Donald Trump como Presidente.

Num encontro com os líderes de 12 grandes empresas - Lockheed Martin, Ford, Johnson&Johnson, Dell, Whirlpool, entre outras - Trump afirmou que a sua administração poderá cortar regulamentação em 75% e que aqueles que planearem construir fábricas nos EUA terão uma aprovação rápida. Pelo contrário, irá impor "uma taxa de importação substancial" para produtos fabricados no estrangeiro. Trump prometeu ainda "baixar os impostos massivamente, para a classe média e empresas", precisando que esse corte será de "entre 15% e 25%" da atual taxa de 35%.

De acordo com a NBC News, o presidente poderia assinar ainda ontem uma ordem executiva para iniciar a renegociação do tratado comercial entre Estados Unidos, Canadá e México (NAFTA). O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, iniciou ontem um retiro de dois dias com o seu governo para discutir a melhor abordagem a ter com Trump, cuja vontade de renegociar o NAFTA poderá prejudicar a economia do país. Jared Kushner, genro do presidente e seu conselheiro, irá reunir-se hoje no Canadá com elementos da equipa do primeiro-ministro, disse fonte da Casa Branca à Reuters.

O México, por seu turno, já se mostrou disponível para renegociar normas comerciais com os Estados Unidos. Mas, garantiu ontem o ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo, qualquer alteração na política fiscal norte-americana que afete as importações será respondida com "acção igual" por parte do México. No dia 31 haverá um encontro entre Trump e o seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto.

Já assinada por Trump está a ordem executiva que põe fim à participação dos Estados Unidos na Parceria Transpacífico de comércio livre (TPP), negociada durante anos por Barack Obama, e que apelidou de "uma violação do nosso país" durante a campanha. Este acordo, apresentado como um contrapeso à crescente influência da China, foi assinado em 2015 por 12 países da Ásia-Pacífico que representam 40% da economia mundial, mas ainda não entrou em vigor.

Não deixando margem para dúvidas sobre a posição do novo presidente em relação ao aborto, Trump assinou ontem uma outra ordem executiva que restabelece uma política republicana que proíbe a atribuição de fundos federais a ONG que proporcionam ou promovem a interrupção voluntária da gravidez no estrangeiro.

Também no plano internacional, mas a nível político, Trump falou ao telefone com o presidente egípcio, Abdul Fatah al-Sisi, tendo o líder norte-americano dito ao seu homólogo ter em conta as dificuldades do Egito na sua "guerra ao terrorismo" e afirmou o compromisso da sua administração em apoiar o país.

No domingo à noite, Donald Trump e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, debateram "as ameaças que o Irão coloca" e concordaram que a paz israelo-palestiniana só pode ser "negociada diretamente". Segundo a Casa Branca, não foi discutida a sugestão de Trump de mudar a Embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.



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