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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Pelo menos 63 desaparecidos num novo naufrágio frente à costa líbia

Pelo menos 63 pessoas desapareceram no naufrágio em águas internacionais do Mediterrâneo de um pequeno barco procedente da Líbia com mais de uma centena de migrantes a bordo.

Segundo o porta-voz da Guarda Costeira líbia, Ayub Qassem, viajavam numa embarcação que saiu na madrugada de segunda-feira da cidade de Qarabuli, um dos principais núcleos do tráfico de pessoas na Líbia, que se afundou por causas desconhecidas a cerca de 35 milhas do litoral.

A embarcação precária era uma das três que, de acordo com Qasem, foram interceptados essa madrugada na mesma região, muito longe da área de jurisdição das patrulheiras líbias, nas quais viajavam 276 pessoas.

A segunda e a terceira efetuaram-se a 44 e 50 milhas, respetivamente, das praias da cidade de Al Hamis, ao oeste da capital.

"Entre os (276) resgatados havia 29 mulheres e 54 crianças procedentes de 14 países da África Subsaariana, além de uma pessoa originária do Egipto e 29 do Sudão. O primeiro dos barcos tinha começado a afundar quando chegou a patrulha", afirmou. "Todos foram levados a uma base naval perto de Trípoli desde a qual foram levados a centros de acolhimento", detalhou Ayub, que garantiu que se investiga se há pessoas desaparecidas do primeiro barco.

As praias que se estendem entre Trípoli e a fronteira com a Tunísia transformaram-se nos últimos dois anos no principal bastião das máfias que traficam com seres humanos, apesar da presença de patrulheiras europeias.

Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 171.635 imigrantes irregulares conseguiram atravessar a Europa em 2017, enquanto 3.116 desapareceram no mar.

Essa organização, vinculada à ONU, afirma que ao longo deste ano outras 16.585 pessoas conseguiram atravessar só pela chamada "rota central", que parte da Líbia, e 1.068 morreram afogadas.

Patrulheiras líbias interceptaram esta semana perto de 1.200 migrantes frente à costa oeste do país.



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