A Nigéria vai enviar, até sexta-feira, tropas para a Guiné-Bissau, que atravessa um impasse desde o golpe de Estado militar de 12 de Abril, anunciou hoje o ministro da Defesa nigeriano.
A declaração foi feita pelo governante na abertura da reunião que decorre em Abuja, na Nigéria, entre responsáveis militares dos países da África Ocidental, que debatem as situações na Guiné-Bissau e no Mali.
"Vamos mobilizar tropas até dia 18", declarou o ministro Bello Haliru Mohammed, sem dar mais detalhes, nomeadamente sobre a composição da força e o número de militares.
Os países da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram a 26 de Abril que enviariam uma força de 500 a 600 soldados, de vários países, para a Guiné-Bissau.
Apesar do envio de tropas por parte da Nigéria, o Comando Militar, que tomou o poder na Guiné-Bissau no dia 12 deste mês, emitiu uma ordem que proíbe a saída do país a 58 pessoas, entre elas encontram-se os membros do Governo deposto e dirigentes do partido no poder, o PAIGC, foi hoje divulgado.
A ordem, com o carimbo do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, é datada de 09 de maio e é despachada para ser cumprida em todos os postos de fronteira do país.
"Por ordem do Comando Militar, as pessoas cujos nomes se encontram abaixo discriminados não podem sair do país até que seja emitida uma outra ordem que desmerece a presente, isto é, quando o país voltar plenamente à tranquilidade", de acordo com o documento de duas páginas, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
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