Pesquisar neste blogue

sábado, 12 de maio de 2012

Reflectindo sobre Moçambique: Rei morto.. Rei posto

Reflectindo sobre Moçambique
Um blog que tenta trazer actualidade política de Moçambique para os moçambicanos e amigos de Moçambique vivendo fora do país. Este é também vosso, por isso tem o título "Reflectindo sobre Moçambique". É um dos espaços para debate e comentários. Os vossos comentários são bem vindos.
Rei morto.. Rei posto
May 12th 2012, 22:43

Por Palmeirim Chongo

E eis que a nova DJ veio tocar a sua musica em Maputo, por sinal a primeira discoteca em que actua fora de portas. No inicio, como bons anfitriões era tudo sorrisos e som estava bom para valer. Mas não é de repente os passos de dança começaram a falhar, alguns dançarinos que a pouco pareciam eximios, a dado momento estavam a pisar os calos dos respectivos pares. "But Why"? É que de repente no auge de um pandza, a DJ malawiana resolveu misturar aquela desagradavel musica cujo refrão é a "navegabilidade dos rios Zambeze e Chire". Tudo indica que com esta musica pisam-se muitos calos, calos que doem, calos a mistura com muito pato, que certamente vai miguar se a ração/farelo não passar por uma certa geografia chamada Nacala.
E foi interessante ver o Mestre de Cerimónias Baloi na STV, como um trapezista, se desdobrando em explicações, em relação a "gafe" da nova DJ no "txiling" de hoje, quase ressuscitando um falecido de a pouco. Em resposta rodou uma dzukuta bem conhecida cujo refrão é o estudo de viabilidade
Por mais boa vontade, que a nova DJ tenha para agradar as plateias de Maputo, ela tem muitos fãs da sua própria discoteca lhe pressionando. 
E não precisa ser PHD para entender a geografia. Fantasma do tribalismo a parte, a que ter em conta tem muito Chechewa/Nynja povoando a nossa patria amada desde Madimba até Mutarara, passando por Milange, Morrumbala, Angonia, Mecanhelas, N´gauma, Chifunde, Macanga e Tsangano, só para citar alguns territórios. É muito povão que se identifica mais com os irmãos kwachas do que com os demais moçambicanos. 
Na verdade, o meu o amigo José Sichinga, que vive em Milange, olha com alguma confusão, o sofrimento que advém da grande volta que o seu primo caminonista Kelvin Phiri, tem que dar para transportar combustivel, fertilizantes e outros bens do porto da Beira para a terra dos seus irmãos.
E mais, o José Sichinga moe o seu milho nas moageiras do outro lado da fronteira. Igualmente, provoca lhe certa perplexidade, ver vezes sem conta as classes média e alta quelimanense, incluindo a elite governamental a atravessarem a fronteira a procura de cuidados medicos em Lilongwe. 
Detalhes do Moçambique real que passam despercebidos entre um trago de chivas e uns tremoços na Sommershield
E o José Sichinga não é burro...
Quem semea ventos...



You are receiving this email because you subscribed to this feed at blogtrottr.com.

If you no longer wish to receive these emails, you can unsubscribe from this feed, or manage all your subscriptions

Related Posts by Categories



0 comments:

Enviar um comentário