Buracos e mais buracos
Buracos. Muitos buracos.
Motoristas e cobradores de viaturas que fazem o transporte de passageiros entre as cidades da Beira e Chimoio, no centro de Moçambique.
Zangados por causa da degradação da EN6, Estrada Nacional Número seis, importante no escoamento de mercadorias, de carga que chega e vai para outros continentes. Carga proveniente e destinada aos países da região Austral de África sem acesso directo ao mar.
Países como o Zimbabwe, o Malawi, a Zâmbia e até a República Democrática do Congo, que usam o Porto da Beira.
A EN6 parte da Beira até Machipanda, na fronteira com o Zimbabwe, numa extensão de aproximadamente 300 quilómetros.
Mas a EN6 cruza também com outras vias que fazem a ligação rodoviária com outras províncias do centro, norte e sul do país, sendo por isso, que, por ela, se movimentam, todos os dias, várias centenas de veículos.
Viaturas que, no entanto, no troço entre Beira e Inchope, troço de mais ou menos 135 quilómetros, têm de circular a uma velocidade muitas vezes não superior a 5/10 quilómetros a hora.
Tudo por causa dos buracos, buracos que estão a contribuir para que os carros tenham problemas mecânicos.
E não são só os problemas mecânicos. Não menos graves são os acidentes e os assaltos, que ocorrem com frequência.
Como o trânsito tem de fluir de forma lenta, os amigos do alheio aproveitam-se e não dão tréguas aos automobilistas.
Os utentes reclamam e as autoridades reconhecem a justeza as queixas.
A Voz da América ouviu o Director Provincial das Obras Públicas e Habitação de Sofala.
Marcelo Amaro que confirmou: a EN6 vai ser reabilitada. Mas, como frisou, não será uma reabilitação definitiva, porque não há dinheiro.
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