Membros do MDM regressam à Renamo
Dirigentes do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, foram acusados de nepotismo e tribalismo por 35 militantes que decidiram regressar á Renamo, partido que haviam abandonado há quatro anos atrás.
Entre os 35 membros que decidiram abandonar o MDM contam-se delegados distritais e chefes de alguns departamentos.
Os desertores que haviam abandonado o partido de Afonso Dhlakama após as eleições autárquicas de 2008, dizem-se arrependidos pelas alegadas humilhações e perseguições no movimento que militavam.
O Representante dos desertores, José Naitel, em declarações à imprensa, acusou o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique de promover tribalismo e regionalismo no seio do partido, colocando nos diferentes órgãos de direcção apenas indivíduos da sua família.
"Vejam só, senhores jornalistas que todos os oito deputados da Assembleia da Republica pela bancada do MDM, incluindo o próprio chefe, Lutero Simango, são familiares do Presidente," do MDM disse ele.
Segundo este, a direção do Movimento Democrático de Moçambique fez promessas falsas, facto que aliás levou na altura muitos membros da Renamo a abandonarem o seu partido para filiarem-se o movimento de Daviz Simango.
"Ele prometeu que íamos andar de avião, machibombos e carros de luxo, coisas que até hoje não chegaram de acontecer. E concluímos também que se trata de um partido sem nenhuma alternativa política", disse.
A Renamo na pessoa do chefe de Recurso Humanos, José Maria, considera este acto uma vitória não somente para o partido, afirmando que os membros que agora regressaram á Renamo regressaram "`sua família" pois ficou óbvio que "não pertencem á família" que controla o MDM.
Não nos foi possível ouvir a reação do MDM em Nampula, uma vez que a delegação política local encontra-se trancada a cadeado.
Recorde-se que nos últimos dias o MDM em Nampula tem estado a ser afectado por problemas internos devido à existência de duas alas, sendo uma liderada pelo antigo delegado político, Mário Albino Muquicensse e a outra pela actual direcção liderada por Assane Rachide, que esteve recentemente detido no distrito de Erati devido a condução ilegal.
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