A lamentação é Domingos Langa, antigo presidente da FMX e actual director da Escola Clube de Xadrez da Matola, que já formou mais de três mil monitores e cerca de 30 mil praticantes na escolas primárias ao nível da província de Maputo em cinco anos, no entanto sub-aproveitados.
Para Langa, o facto de a FMX ter um presidente demissionário não pode justificar a paragem de competições e é, no seu entender, inexplicável a não convocação de eleições ou pelo menos nomeação duma comissão de gestão para a instituição.
"Estamos a formar tanta gente para o xadrez. Se for a avaliar irá concluir que já há muitos praticantes de xadrez na província de Maputo, que deveriam competir a nível de federados para, no futuro, representarem selecções nacionais. Porém, não há campeonatos nacionais e muito menos provinciais", lamentou.
Langa deplorou igualmente a inércia do Ministério da Juventude e Desportos, que é o órgão governamental competente para repor ordem na FMX.
"As coisas estão piores mais do que nunca na FMX. É uma autêntica confusão que se vive ali", rematou.Entretanto, em relação aos projectos da formação da sua escola, Langa avançou que se está neste momento na segunda fase, que abrangerá cerca de três mil monitores, nomeadamente professores primárias de outras províncias do país.
A expansão do projecto surge na sequência da parceria com o Ministério da Educação rubricada o ano passado.
O projecto arrancou este mês com a formação de 150 professores e 15 jovens de diferentes bairros da cidade de Maputo. Os professores representam cerca de 100 escolas da capital. Vai contemplar, no próximo mês, escolas da província de Gaza e, em Setembro, Inhambane, prevendo-se que chegue ao fim em Julho do próximo ano.
"Mas o maior problema em tudo isto é o facto de as crianças competirem somente ao nível inter-escolar. Nós só organizamos torneios com base no apoio dos nossos parceiros, provas que duram pouco tempo em relação a um campeonato provincial ou nacional", referiu.
Fonte:Jornal Noticias
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