Um grupo de trabalho, subordinado à Procuradoria Provincial de Nampula, foi criado para prevenir e combater o tráfico de pessoas na capital norte de Moçambique. Durante o ano prestes a findar foram já tramitados dois processos, um que envolve um cidadão do distrito de Angoche e outro de Lalaua.
Em relação ao distrito de Angoche, um certo cidadão arrancou, da sua irmã, três sobrinhos para posteriormente vendê-lo a um empresário porque pretendia ter dinheiro para construir uma residência convencional. Alega-se que o suposto comprador tem fama de comprar seres humanos para fins obscuros.
No caso do distrito de Lalaua, um casal tentou vender um dos seus filhos, por sinal o último, de apenas um ano, para um empresário também suspeito de estar envolvido na compra e venda de pessoas, dado o seu rápido enriquecimento.
Em declarações à Polícia, o casal afirmou que pautou por aquela via porque o seu agregado era maior. Estavam a cuidar de 16 crianças, sendo 14 crianças oriundas de duas famílias cujos pais perderam a vida. Vendo-se desprovidos de condições para continuar a alimentar os petizes, eles decidiram negociar o filho mais novo.
"Estamos atentos nas regiões consideradas como principais focos de tráfico de seres humanos para vários fins, como é o caso do distrito de Eráti, Nacala-Porto, Lalaua, Murrupula, incluindo a cidade de Nampula", disse Cristóvão Mondlane da Procuradoria Provincial, instituição que coordena o grupo de trabalho. Ele faz um balanço positivo das actividades realizadas até ao momento.
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