Há vozes que dão conta de que alguns membros federativos defendem interesses de clubes aos quais estão ligados e onde inclusive os seus filhos encontram-se filiados.
A comissão técnica da (FMN) é maior alvo de críticas, muito particularmente no que respeita aos critérios que ditam a indicação para cargos de comando e coordenação dos trabalhos das selecções nacionais.
O conflito de interesses está a gerar grupinhos que se digladiam e trocam acusações. Actualmente fala-se de uma FMN e respectiva comissão técnica reduzidas a algumas pessoas e o facto de os serviços administrativos funcionarem de forma irregular, facto que dificulta a tramitação dos expedientes, o que tem gerado problemas de comunicação entre os fazedores da modalidade.
O presidente da Federação Moçambicana de Natação (FMN), Gilberto Mendes, reconheceu a existência de conflitos na natação. Recordou que quando entrou na natação não havia direcção por causa de querelas.
"A natação moçambicana é propensa a conflitos. Tenho procurado a união e evitar querelas para o bem da modalidade. Penso que pelas cores diferentes haja rivalidade entre clubes, mas isso deve contribuir para o bem da modalidade. Temos que acreditar que não temos mesmas opiniões e é necessário haver convergência de opiniões. A humildade e paciência podem evitar isso e não a imposição de opiniões em detrimento de outras", comentou.
ESTOU ABERTO A DIÁLOGO
O nosso entrevistado tranquilizou aos comprometidos com a causa da natação que estava aberto para o diálogo."Devo confessar que nós da natação somos muito sensíveis. Os nervos estão muito à flor da pele e cada um puxa a brasa à sua sardinha na convicção de que está correcto. O diálogo será a solução disso. Este ano haverá um grande encontro com técnicos para se discutir a modalidade", prometeu.
PRESENTE À MEDIDA DAS NECESSIDADES
Um dos antigos problemas da natação é de ter tido durante muito tempo direcções federativas instáveis e pouco activas. Vários elencos federativos não perduraram por falta de organização, que tem precipitado o seu desmembramento e consequente criação de comissões administrativas para a gestão provisória. A actual direcção resulta dos esforços para impor uma nova ordem no funcionamento da FMN depois de uma comissão administrativa ter gerido a modalidade. A actual direcção tem o privilégio de ser a primeira à frente de uma federação que funciona com base do novo Regulamento da Lei do Desporto, com a aprovação do respectivo estatuto há sensivelmente dois anos.
O actual elenco está igualmente reduzido a alguns membros. Aliado a isto, questiona-se a falta de encontros para a discussão dos problemas que preocupam a modalidade e dum presidente presente. Gilberto Mendes confirmou a desistência de alguns membros de direcção devido a compromissos profissionais. Este é o motivo que leva a actual direcção a projectar para este trimestre a realização da assembleia-geral ordinária para discutir a vida da modalidade, com destaque para a reestruturação dos órgãos sociais. Outros pontos importantes da reunião magna são o balanço de actividades e de contas do segundo ano do primeiro mandato de direcção.
"A tarefa de um presidente é de gerir os recursos humanos de que dispõe. Ele não deve substituir a todos. Deve-lhes dar o tempo de agirem. Eu estou presente na medida das necessidades da natação. Não me verão a dar treinos, mas faço a ponte necessária para aglutinar as pessoas envolvidas na modalidade. Tenho conversado com dirigentes de clubes, nadadores e técnicos. É por isso que hoje o desentendimento não é olhado como nosso foco, mas como facto marginal. Tudo se resolve com diálogo e cabe aos que não estão satisfeitos aproximar-se e apresentar as suas aflições ou preocupações. Eu tenho funcionado como apaziguador de mágoas",.
Fonte:Jornal Noticias
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