O algodão caroço produzido no Posto Administrativo de Corrane e nos distritos de Meconta, Mecuburi e Lalaua, na província de Nampula, Norte de Moçambique, está a deteriorar-se devido à falta de compradores.
As autoridades locais desconhecem ainda as razões na origem do problema, mas os produtores consideram que o preço de compra praticado pela empresa Abacássamo é uma autêntica de extorsão.
O produto está a apodrecer nos celeiros e as comunidades não têm insecticidas para eliminar os insectos. De acordo com o presidente do Fórum das Associações de Produtores do Algodão, José Domingos, contrariamente ao que aquela firma faz, a SANAM, outra empresa que compra o algodão, tem satisfeito o seu compromisso, principalmente no distrito de Mecuburi.
O nosso interlocutor disse também que em relação ao escoamento do ouro branco, no ano passado houve um fracasso no distrito de Meconta, em particular no Posto Administrativo de Corrane.
Nos distritos de Mecuburi e Meconta, por exemplo, há famílias que têm mais de cinquenta sacos à espera que sejam comprados. António Rapaz, um dos camponeses, disse que no seu celeiro tem pouco mais de cem sacos. Este ano teve que reduzir a produção enquanto monitora a crise até à próxima campanha agrícola.
Uma fonte do Instituto de Algodão em Nampula confirmou ao @verdade que há muitas quantidades de algodão que está a apodrecer nas mãos dos produtores e o governo local está a trabalhar com os compradores para que o problema seja ultrapassado.
Entretanto, as empresas que fomentam a cultura do algodão nesta província referem que o preço deste produto baixou drasticamente no mercado internacional.
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