COM esta vitória o combinado nacional pode ter assegurado o primeiro lugar na fase de grupos, na medida em que hoje defronta, em jogo da terceira e última jornada, as Seychelles, adversário de menor quilate qualitativo e que por isso não devem oferecer grande resistência.
À semelhança do primeiro jogo, antes o Botswana, a turma moçambicana entrou mal, permitindo que fossem os forasteiros adiantarem-se no marcador. Sendo a equipa zambiana melhor estrutura em relação aos ilhéus, em todos os aspectos, chegou a criar alguma celeuma nos primeiros cinco minutos, pois, embora a selecção nacional tivesse rapidamente passado a liderança no marcador, a diferença de pontos não dava conforto.
Apercebendo-se das dificuldades que poderiam advir do facto dos zambianos estarem a discutir o jogo pelo jogo, Mila mandou fazer pressão alta, e ai os visitantes foram incapazes de acompanhar o ritmo. Moçambique mostrou a partir da segunda metade do primeiro período ser mais equipa e saiu a vencer, por 21-12.
Galvanizado pela boa ponta final dos primeiros dez minutos, o colectivo moçambicano entrou muita mais desinibida no segundo período não dando muitas chances de resposta ao conjunto zambiano. Se as penetrações fulgurantes, ora de Pio Matos e noutras vezes de Ismael Nurmadad (que grande exibição!), colocavam a cabeça dos zambianos a roda, os triplos de Sílvio Letela provocavam uma quebra mental nos forasteiros já viam Moçambique fugir no marcador a cada "bomba" de Letela.
Mas não foi só atacar que os pupilos de Mila estiveram bem , apresentaram-se concentrados a defender e com um grande espirito de entreajuda com destaque para Custódio Muchate, incansável em missões defensivas. Reflexo disso, é que no segundo período, a Zâmbia só fez sete pontos, contra 20 da turma nacional que ao intervalo vencia, por 41-19.
Com uma vantagem de 22 pontos, a Selecção Nacional encarou o terceiro período mais tranquilamente, optando por gerir a vantagem. Reduziu a velocidade e passou a fazer mais contenção, atacando de forma mais pausada e organizada. Mas o certo é que esta táctica não correu bem, pois marcou menos pontos, 16, e viu os zambianos reduzirem a desvantagem em 19 pontos (57-36).
Consciente do risco que a equipa moçambicana corria, caso continuasse a optar por um sistema mais resguardado, a equipa técnica deu ordens para acelerar o ritmo e pressionar em toda a largura do rectângulo do jogo. Ficou patente que a jogar em cima do adversário, Moçambique é mais perigoso e joga melhor porque tem jogadores rápidos.
A etapa final foi brilhante, a equipa nacional voltou a manter os índices dos dois primeiros períodos e atingindo a sua melhor performance, 22 pontos, com o resultado final a estar fixado em 75-43. Sílvio Letela foi o melhor marcado do jogo com 17 pontos.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Joyce Mucheno (Zimbabwe) e Watelizu Ficadu (Etiópia)
MOÇAMBIQUE: Fernando Manjate, Octavio Magoliço, Custódio Muchate, Amarildo Matos e David Canivete.
ZÂMBIA: Titus, Dava, Muleza, Cosa e Sikwa.
Fonte:Jornal Noticias
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