Um grupo de indivíduos, ainda a monte, invadiu o Hospital Central de Maputo (HCM), por volta da uma hora, de terça-feira, e assassinou a tiro um outro criminoso que estava internado e algemado e que em vida respondia pelo nome de Arão Alfredo Elias.
O malogrado encontrava-se internado nos serviços intermediários de cirurgia, por ter contraído ferimentos graves na sequência de uma troca de tiros, havida a semana passada, entre um grupo de criminosos e a polícia, no bairro do Aeroporto, em Maputo.
Segundo o Ministério da Saúde, para terem acesso às instalações do HCM, mais concretamente à sala onde estava internado o cidadão indiciado de tratar-se de um malfeitor, a gang identificou-se e fez-se passar por agentes da polícia. Eram portadores de documentos da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Só que a Polícia da República de Moçambique, através do porta-voz do Comando-geral, Pedro Cossa, diz que os elementos da gang entraram no Hospital Central de Maputo, “disfarçados de agentes da saúde” e tentaram tirar do leito hospitalar o seu comparsa.
“Entraram trajados de uniforme hospitalar, batas de enfermagem, na cirurgia onde se encontrava um paciente detido, que ficou gravemente ferido, na sequência duma troca de tiros entre o seu grupo de perigosos criminosos a mão armada e a polícia”.
O Ministério da Saúde através de um comunicado de imprensa enviado ao Canalmoz diz que os malfeitores, em número de dois, identificaram-se, perante os guardas daquela unidade hospitalar, como sendo agentes da polícia e até apresentaram cartões de membros da PRM. E refere que mesmo depois de apresentarem a identificação os guardas não permitiram que os mesmos entrassem no recinto do hospital.
“Acredita-se que, para lograrem os seus intentos, os mesmos terão pulado o muro para o recinto do HCM. Depois, dirigiram-se aos Serviços de Ortopedia, ameaçaram e molestaram o pessoal médico em serviço na altura, localizaram o paciente Arão Alfredo Elias e alvejaram-no mortalmente”, refere o comunicado.
Dado curioso neste enredo é que a polícia disse que “o indivíduo era guarnecido por dois agentes da PRM” e não se sabe aonde estavam os referidos agentes no momento em que os malfeitores entraram para a sala e executaram a tiro o suposto comparsa.
Sobre as causas que levaram os malfeitores a invadir o hospital e executar o paciente, que acredita-se pertencer ao mesmo grupo que o matou, o porta-voz do Comando Geral da PRM, general Pedro Cossa, acredita que o mesmo detinha muitas informações sobre o grupo. “Tudo indica que este indivíduo era detentor de informações bastante preciosas sobre esta quadrilha”, concluiu. (Eugénio Bapiro)
CANALMOZ – 17.04.2014
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quinta-feira, 17 de abril de 2014
“Gang” com documentos da polícia invade HCM e assassina outro malfeitor internado
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