Cerca de 50 manifestantes invadiram esta quarta-feira o plenário da Câmara dos Deputados do Brasil, em Brasília, interrompendo a sessão para exigirem uma intervenção militar no país, segundo a imprensa local.
Os manifestantes subiram à tribuna e gritaram palavras de ordem contra a corrupção e o Governo e a favor de uma intervenção militar, e cantaram o hino nacional do Brasil.
"Somos apenas brasileiros que querem a intervenção na política", disse um dos manifestantes, citado pelo jornal Correio Braziliense.
O mesmo jornal escreve que os manifestantes gritaram: "a nossa bandeira jamais será vermelha!".
A porta de entrada do plenário da Câmara dos Deputados (câmara baixa do Senado) foi destruída durante a invasão.
A assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados confirmou à Lusa a invasão do plenário, mas não avançou outros pormenores.
Os jornalistas foram retirados do plenário da câmara pela Polícia Legislativa.
Alguns parlamentares tentaram negociar com os manifestantes, que se organizaram através das redes sociais, e a força de choque da Policia Legislativa foi chamada ao local.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse aos jornalistas que todos vão ser presos e rejeitou negociar com o grupo, defendo que a negociação deveria ter acontecido antes da invasão.
Entretanto, a "GloboNews" avançou que cerca de uma dezena de manifestantes abandonou o protesto e que entre os manifestantes há um ferido, que ter-se-á magoado quando o grupo quebrou uma porta de acesso ao plenário.
O grupo apresentou um manifesto no plenário com várias reivindicações, entre as quais o fim de "supersalários" para funcionários públicos, de reformas elevadas, de um ensino "carregado de ideologia" e do foro privilegiado (imunidade para os políticos não serem julgados nos tribunais locais, mas apenas no Supremo Tribunal Federal).
Um elemento do grupo, que se identificou apenas como António, citado pelo jornal Valor Económico, acusou o governo do Presidente, Michel Temer, de "estar a implantar o comunismo no Brasil" e o Congresso de "não estar a fiscalizar".
O deputado Marcos Rogério, dos Democratas (DEM), citado pelo portal de notícias G1, referiu que os parlamentares foram informados pela segurança do Congresso sobre a possibilidade de manifestantes estarem armados. "Não podemos permitir que o parlamento, que representa a sociedade, sofra uma violência como esta", comentou.
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