As temperaturas nos arredores do Polo Norte subiram, chegando perto do ponto de fusão nesta quinta-feira, quando uma rajada de vento quente incomum recobriu uma região do Ártico que normalmente fica profundamente congelada em meio à escuridão do meio do inverno, disseram cientistas.
As temperaturas do ar no Polo Norte foram estimadas em menos 4 graus Celsius perto do meio dia local com neve suave, de acordo com o Instituto Meteorológico da Noruega – é mais comum a temperatura ficar mais próxima de menos 30 graus Celsius.
Não existem estações climáticas no Polo, mas uma boia localizada no Oceano Ártico ao norte da ilha norueguesa de Spitsbergen relatou 0 grau nesta quinta-feira.
No mundo como um todo, este ano deve ser o mais quente já registrado, uma decorrência das emissões de gases de efeito estufa criados pelo homem e pela intensidade do evento climático El Niño no Oceano Pacífico.
"A pressão está baixa entre a Groenlândia e Spitsbergen, e há uma corrente de ar muito poderosa" levando ar quente para o sul, disse Justyna Wodziczko, meteorologista do Instituto Meteorológico da Noruega. Tais picos nas temperaturas do Ártico "estão a tornar-se mais frequentes porque temos uma cobertura de gelo marítimo declinante – a água embaixo é mais quente", explicou Jesper Eriksen, meteorologista do Instituto Meteorológico da Dinamarca.
O gelo marítimo do Ártico atingiu um recorde negativo para esta época do ano, de acordo com medições do dia 20 de dezembro realizadas pelo Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos.
A região do Ártico está esquentando duas vezes mais do que a média global, o que prejudica os hábitos de caça de povos indígenas e ameaça criaturas como os ursos polares, ao mesmo tempo em que abre a região para mais viagens comerciais e prospecções de gás e petróleo.
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