A Corte Constitucional da Coreia do Sul iniciou nesta quinta-feira as suas deliberações sobre uma votação de impeachment no Parlamento contra a presidente Park Geun-hye, que pode tornar-se na primeira líder eleita sul-coreana a ser afastada do cargo.
Park foi indiciada em uma votação parlamentar em 9 de Dezembro por uma margem além da necessária após ser acusada de conspirar com uma amiga para pressionar grandes empresas a fazerem contribuições para fundações sem fins lucrativos apoiarem iniciativas da Presidência.
Park, cujo pai governou o país por 18 anos após tomar o poder em um golpe em 1961, negou qualquer ato irregular mas pediu desculpas por descuidos em seu relacionamento com a amiga Choi Soon-sil, que enfrenta seu próprio julgamento.
Park e Choi não se apresentaram em tribunal nesta quinta-feira, quando juízes decidiram aceitar documentos de investigações de procuradores, num retrocesso para a equipe de defesa de Park, que tentou bloqueá-los.
Embora tenha perdido seus poderes presidenciais, que foram assumidos pelo primeiro-ministro, Park mantém o título e a residência oficial.
A popularidade de Park despencou para quase a mínima recorde desde a descoberta do escândalo de abuso de influência, mas muitos sul-coreanos já possuíam dúvidas sobre sua liderança, em grande parte por conta de um desastre em 2014 que deixou 300 mortos em uma balsa, em grande parte crianças.
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