Dois cidadãos encontram-se presos, desde o último fim-de-semana, no distrito de Nacala-Porto, província de Nampula, indiciados de agredir fisicamente e vandalizar a residência do secretário do bairro Mocone, acusando-o de estar envolvido numa campanha de “chupa-sangue”, um boato que prevalece há anos naquela região norte de Moçambique.
Os visados introduziram-se na casa do ofendido, à noite, quando ele estava com a família e a dormirem. Em seguida, submeteram o cidadão à tortura, causando-lhe ferimentos graves, destruíram os seus bens e puseram-se em fuga, de acordo com Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula.
Até ao fecho desta edição, o secretário daquele bairro estava internado no Hospitalar Geral de Nacala (HGN).
Os agressores, ora presos, justificaram a sua atitude alegando que a vítima colabora com os agentes de saúde na retirada do sangue à população local para fins desconhecidos.
A Polícia e as autoridades locais esclareceram que o fenómeno de “chupa-sangue” não existe. Trata-se de uma desinformação que tem apoquentado a província de Nampula.
Face ao problema, a PRM está a intensificar a vigilância em Nacala-Porto com vista a conter a onda de desinformação em torno do alegado "chupa-sangue".
Em 2015, milhares de residentes nos povoados de Lapuela, Nicutia e Quevelane, no posto administrativo de Lunga, distrito de Mossuril (Nampula), abandonaram as suas casas e refugiaram-se nas matas, devido ao medo do alegado fenómeno “chupa-sangue”.
Enquanto isso, duas pessoas morreram na semana finda por acidentes de viação, na cidade de Nampula, segundo Zacarias Nacute, que falava na manhã desta segunda-feira (30), à imprensa.
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