Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Incinerar troncos apreendidos
Definitivamente, somos um país mentalmente atrasado. Há com cada decisão estapafúrdia, de enfartar o diabo, que é tomada neste país. Uma delas é em relação ao elevado volume de madeira que foi apreendida durante a “Operação Tronco”. A Associação Moçambicana de Operadores de Madeira (AMOMA), para além de ter felicitado a operação, sugeriu que a madeira apreendida deve ser incinerada, como forma de desencorajar os prevaricadores. Esta medida não passa de uma demonstração cabal de falta de bom senso, num país onde centenas de milhares de crianças são obrigadas a sentar-se no chão por falta de carteiras na sala de aula. Aliás, essa sugestão mostra também que a AMOMA está a preocupado com lucros, marimbando-se com a situação das escolhas espalhadas pelo território nacional. Se a AMOMA fosse um organismo íntegro e com responsabilidades, certamente teria aconselhado ao Governo a dar um melhor destino a madeira em benefício do Estado moçambicano. Quanta Xiconhoquice!
Desvio de ajuda para vítimas do Dineo
Já dissemos aqui, por várias vezes, que somos um país governado por um bando de larápios que medra à custa do sofrimento do povo moçambicano. Devido a esses necrófagos, Moçambique, presentemente, é visto como uma das mais infames da rameiras na face da terra. Há várias situações irregulares, que continuam ímpunes, que se registam quase todos dias. Uma delas está realcionada com a ajuda às vítimas do ciclone Dineo. Numa situação de dor e muito sofrimento por que passam as vítimas daquela calimidade que devastou a província de Inhambane, houve indivíduos insensíveis e sem nenhuma réstia de escrúpulo que desviram, para o benefício próprio, o apoio dado às vítimas, através do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC). Neste caso, o apoio disponibilizado beneficiou apenas as estruturas dos bairros e os seus parentes. Até que ponto chegamos!
Surto de cólera
É sempre a mesma história todos os anos: o surto de cólera no país. Desta vez, são reportados casos de cólera nas províncias de Maputo, Tete, Nampula e a cidade de Maputo. O mais caricato nessa história toda é o facto de as autoridades do sector da Saúde encherem a boca para afirmar que a culpa de eclosão da cólera deve-se a negligência dos moçambicanos que não têm verificado as boas práticas de higiene, tais como lavagem das mãos, e consumo de água não tratada. O Estado esquece-se que tem o dever e obrigação de prover água potável e saneamento para todos os cidadãos. Aliás, essa obrigação do Estado não passa de um direito humano definido pelas Nações Unidas. É, no entanto, vergonhoso e rídiculo, que o Estado moçambicano venha ao público sacudir água do capote.
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