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domingo, 23 de abril de 2017

Liga Portuguesa: Benfica mantém liderança com empate no dérbi com o Sporting

Acabou com repartição de pontos o apaixonante dérbi eterno do Campeonato Português de futebol. Um resultado que permite ao Benfica, com quatro jornadas por disputar, manter a liderança, independentemente do que fizer neste domingo o FC Porto com o Feirense.

O Sporting entrou no dérbi a todo o gás, a pressionar muito à frente para bloquear a construção de jogo do adversário e a obrigá-lo a bater a bola direta para o avançado, no caso Mitroglou. E essa estratégia de Jesus cedo deu frutos, Ederson, na tentativa de bater na frente, derrubou Bas Dost na área. O holandês surgiu a toda a velocidade e surpreendeu o guarda-redes brasileiro, que cometeu um erro gravíssimo logo de entrada. Adrien foi incumbido da marcação do penálti e abriu o marcador em Alvalade, fazendo rebentar a festa entre os adeptos.

Estava quebrada uma série de um ano sem o Benfica ter um penálti contra... Sem Jonas, que não recuperou de lesão, Rui Vitória optou por lançar Franco Cervi no onze, colocando-o inicialmente no lado esquerdo, fazendo deslocar Rafa Silva para junto de Mitroglou.

Os encarnados ficaram um pouco atordoados com o golo leonino e não conseguiram lidar com a forma agressiva e rápida como o Sporting jogava, sobretudo no seu meio-campo, que fazia rodar a bola rapidamente de um flanco para o outro à procura de desequilibrar a organização defensiva do rival. O jogo tornou-se rijo com a colaboração do árbitro Artur Soares Dias que, com um critério largo, deixava jogar.

No entanto, o dérbi acabou por ter uma primeira parte mais disputada do que bem jogada, como provam os poucos remates às balizas. Num jogo muito dividido, o Benfica apenas deu um ar da sua graça a partir da meia hora, com a passagem de Cervi para o meio e de Rafa para a esquerda.

Os encarnados delinearam várias jogadas pelos flancos que acabaram por ser anuladas pela defesa do Sporting, onde Coates esteve em bom plano. Os encarnados reclamaram um penálti de Schelotto sobre Grimaldo e, pouco depois, outro de Bruno César sobre Lindelöf.

De resto, apenas um livre de Grimaldo obrigou Rui Patrício à única defesa de um guarda-redes em toda a primeira parte. O intervalo fez bem ao Sporting, que voltou a entrar melhor, jogando com velocidade e procurando os flancos, sobretudo o direito, onde Grimaldo já denotara muitas dificuldades para segurar Gelson Martins, algo que se acentuou no segundo tempo e que quase permitia a Bas Dost sentenciar o dérbi com duas bolas de golo que saíram ao lado.

Percebendo que o Benfica não estava a conseguir segurar a impetuosidade leonina, Rui Vitória decidiu tirar Rafa, que acumulava perdas de bola, e lançou Raúl Jiménez. E o jogo mudou! O Benfica passou a pressionar mais à frente, obrigando William Carvalho a recuar mais para junto dos centrais, o que fez que Pizzi começasse a sobressair e, consequentemente, os encarnados tomaram conta do jogo.

Mitroglou obrigou Patrício a uma defesa apertada, após uma transição rápida de Pizzi, mas foi de livre direto que acabaria por chegar ao empate... de forma inesperada. Lindelöf cobrou a falta de forma irrepreensível e surpreendeu Rui Patrício.

O sueco acabou por fazer justiça num jogo que a partir daí teve um Sporting a tentar reagir mas a não conseguir ser objetivo nas ações ofensivas (Ederson não teve intervenções difíceis), e um Benfica a gerir o resultado, que lhe serve continuar líder.



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