Um cidadão de 28 anos ficou gravemente ferido em consequência da agressão física protagonizada por populares, na madrugada de segunda-feira (24), na cidade da Beira, província de Sofala, supostamente por ter sido surpreendido a tentar roubar numa residência.
A vítima, que responde pelo nome de Samuel Augusto, escapou da morte por um golpe de sorte e foi abandonada quase inconsciente no interior na sua casa, onde tentou se refugir na altura em que foi submetido a maus-tratos.
O homicídio frustrado aconteceu na zona da Manga-Mascarenhas, onde os moradores reclamam de assaltos e agressões físicas na via pública, à semelhança do que acontece em vários outros bairros do município da Beira e do resto de Moçambique.
Sem piedade, as pessoas que espancaram Samuel abandonaram-no na sua residência.
Segundo a namorada do presumível ladrão, era habitual ele abandonar a casa de madrugada para supostamente assaltar residências.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) chegou demasiadamente tarde para socorrer o ofendido.
O @Verdade apurou que esta é a quarta vítima este ano.
Segundo a informação anual da Procuradoria-Geral a República (PGR), prestada ao Parlamento moçambicano, em 2016, pelo menos 27 pessoas foram linchadas no país, contra 26 do ano anterior.
Em igual período, foram instaurados 87 processos-crime, contra 33 em 2015. As províncias de Sofala e do Niassa foram as que registaram mais processos, com 18 e 15, respectivamente.
“Dos processos instaurados, foi deduzida acusação em 49, em 18 recaíram despachos de abstenção e 29 encontram-se em instrução preparatória”, lê-se no informe da PGR.
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