Nove pessoas foram mortas e 37 outras raptadas das quais 24 mulheres e 13 crianças, num ataque da seita terrorista islamita nigeriana Boko Haram, na localidade de Ngalewa, a 110 quilómetros a leste de Diffa, no Níger, indicaram fontes concordantes.
Ainda não houve nenhuma reacção oficial face a este ataque de um novo género. Segundo testemunhas contactadas pela PANA, os assaltantes vieram montados em camelos e cavalos, atravessaram todas as zonas pantanosas do Lago Tchad antes de atacar a aldeia.
Devido à impraticabilidade da zona para os veículos, era impossível para as forças de defesa perseguir os assaltantes no fim de ataque, ocorrido por volta das 22:00 horas locais.
Os terroristas explicaram, no entanto, aos aldeões que eles reivindicavam a libertação em contrapartida de todos os seus camaradas detidos no Níger, há alguns anos.
Com efeito, mais de dois mil presumíveis elementos da seita estão detidos desde o primeiro ataque perpetrado em fevereiro de 2015, no Níger, por Boko Haram, esssencialmente, na sequência de denúncias de aldeões. Quase 300 condenações foram proferidas e cerca de 500 pessoas foram libertas desde o início dos julgamentos, em março último, em Niamey.
Trata-se do segundo ataque em menos de uma semana atribuído à seita islamita Boko Haram, na província de Diffa. Há alguns dias, duas mulheres kamikazes fizeram explodir as suas cintas de explosivos num campo de refugiados que deve ser deslocalizado, por estar muito próximo da zona de combates com Boko Haram.
As terroristas e duas outras pessoas morreram durante este ataque, lembre-se. Enfraquecida pelas forças multinacionais da zona do Lago Tchad, a seita Boko Haram já não ataca de frente as posições militares, privilegiando os raptos e os atentados-suicidas contra os campos de refugiados e em algumas cidades.
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