A ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, foi condenada nesta quarta-feira a cinco anos de prisão por negligência num programa de ajuda ao arroz, que causou perdas milionárias durante o seu mandato entre os anos de 2011 a 2014.
A condenação contra Yingluck, que está exilada após fugir do país no final de agosto, foi pronunciada unanimemente pelos nove juízes do Supremo Tribunal, anunciando em seguida que emitirão um mandado de prisão contra a ex-governante.
Yingluck Shinawatra, que poderia pegar a pena máxima de dez anos de prisão, disse que era inocente desde o início do julgamento e atribuía as acusações a motivações políticas por parte da junta militar que governa a Tailândia desde 2014.
A ex-primeira-ministra fugiu do país pouco dias antes da audiência do dia 23 de agosto, onde o Supremo tinha previsto emitir a sentença e que foi adiada até hoje por conta da ausência da acusada.
Segundo fontes da família, Yingluck fugiu para Dubai, onde se encontra também exilado seu irmão e também ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra. Os juízes consideraram que a ex-primeira ministra é culpada por falhar na supervisão do plano de ajuda ao arroz que, segundo a comissão anti-corrupção, causou 600 milhões de baht (cerca de 18,3 milhões dólares) de perdas e fomentou a corrupção.
Yingluck Shinawatra foi deposta após uma polémica sentença do Tribunal Constitucional, quando ela foi acusada de abuso de poder por influenciar na substituição de um alto cargo, poucos dias antes do Exército tomar o poder em um golpe de Estado, no dia 22 Maio de 2014.
A ex-primeira ministra chegou ao Governo, em 2011, após vencer com maioria absoluta à frente do Pheu Thai, um dos partidos criados por Thaksin, que também foi deposto por um golpe de estado em 2006 e condenado em 2008 a dois anos de prisão em rebeldia por abuso de poder.
As plataformas políticas ligadas a Thaksin venceram todas as eleições na Tailândia desde 2001, graças ao apoio da classe rural do nordeste e apesar da oposição de grande parte da classe média e as elites próximas à monarquia e ao Exército.
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