Os homens armados que travam batalha contra as forças governamentais no distrito da Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delegado, desde a madrugada da passada quinta-feira (05), mataram um líder comunitário de uma povoação daquele ponto do país, na noite do último sábado (07).
O assassinato aconteceu no povoado Metumbate – a 15 quilómetros da vila Municipal – quando a população capturou quatro integrantes do grupo de atacantes e, em seguida, pediu auxílio aos líderes da zona.
Poucos mais de 30 homens armados, mascarados e munidos de armadas de fogo e catanas invadiram a vila sede do distrito de Mocímboa da Praia, onde causaram desmandos que culminaram com a morte de pelo menos 16 pessoas, das quais dois membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) e os restantes dos supostos terroristas. Houve igualmente vários feridos e realizadas detenções de alguns membros do referido grupo armado.
O ataque visou três unidades policiais da Mocímboa da Praia, onde foram roubadas diversas armas de fogo e milhares de munições. Na passada sexta-feira (06), Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse que a situação já estava sobremaneira controlada naquele ponto do país.
“Neste momento, a PRM tem o controlo do distrito de Mocímboa da Praia”, o que permite a população que tinha abandonado as suas residências regressasse. Ademais, a vida voltou à normalidade.
“O grupo pretendia semear medo e terror junto da população e instalar a desordem pública”, considerou o agente da Lei e Ordem, ajuntando que “das diligências e dos interrogatórios que foram acontecendo, há a indicação de que se tratam de moçambicanos” que integram o grupo de atacantes.
Celmira da Silva, governadora de Cabo Delgado, deslocou-se ao distrito da Mocímboa da Praia e disse que necessidade de se “compreender a origem” daquele de malfeitores, “quem são, o que os motiva e temos, naturalmente, alguns suspeitos e acreditamos que serão fontes fiéis de informação (...)”.
Implicitamente, a timoneira de Cabo Delgado estava a desmentir informações postas a circular, segundo as quais os homens armados em questão “são os muanis” ou Al Shabaab. Este é um grupo terrorista e fundamentalista que incita à desobediência aos princípios do Estado.
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