O Parlamento Europeu (PE) decidiu hoje entregar o prémio Sakharov de Liberdade de Consciência à oposição venezuelana, representada pela Assembleia Nacional e o seu presidente, Julio Borges, e pelos dirigentes opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma.
A oposição venezuelana, confirmaram à Efe fontes do Parlamento Europeu, impôs-se aos outros dois finalistas, a ativista guatemalteca pelos direitos humanos Aura Lolita Chávez Ixcaquic e o jornalista Dawit Isaak, preso em 2001 na Eritréia.
Na candidatura, proposta pelo Partido Popular Europeu (PPE) e o grupo dos liberais (ALDE), figuram também dirigentes como Daniel Ceballos, Yon Goicoechea, Lorent Saleh, Alfredo Ramos e Andrea González, considerados "presos políticos" pelo PE.
O eurodeputado do espanhol PP José Ignacio Salafranca afirmou após conhecer-se a decisão que se trata de "um gesto de alto valor simbólico" que "contribuirá para restaurar a liberdade, a democracia, a paz e os direitos humanos na Venezuela".
O PPE advogou pela oposição venezuelana por representar, segundo apontou Salafranca em comunicado, "um grupo de homens e mulheres valentes que não têm medo, que não se rendem, que fustigados, golpeados, presos ou inabilitados lutam pela sua liberdade e pela sua dignidade".
Desde o ALDE, a eurodeputada Beatriz Becerra felicitou os premiados e considerou que "este reconhecimento vai encorajar os venezuelanos a continuar com a sua defesa pacífica e exemplar da liberdade e do Estado de direito" frente aos "abusos" do presidente do país, Nicolás Maduro.
"Agora é mais importante do que nunca que permaneçam unidos e que não se rendam às manipulações e abusos do ditador Maduro", afirmou. Para Becerra, o Sakharov é "uma ferramenta de ativismo politico". "Significa que os cidadãos europeus, representados no seu Parlamento, dão o seu apoio à causa de uma Venezuela livre e democrática", acrescentou.
O prémio, dotado com 50.000 euros, é um prémio anual concedido pelo Parlamento Europeu desde 1988 como reconhecimento a personalidades ou grupos que lutam pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais.
O galardão será entregue numa cerimónia em Estrasburgo no próximo 13 de dezembro; no ano passado recaiu nas ativistas yazidis Nadia Murad Basi Taha e Lamiya Ayi Bashar, vítimas da escravidão sexual cometida pelo grupo jihadista Estado Islâmico no Iraque.
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