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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Bancos comerciais ignoram redução das taxas directoras e da “Prime Rate” e mantêm os ...

Os bancos comerciais, salvo o Standard Bank e o Moza Banco, ignoraram a recente redução das taxas directoras do Banco de Moçambique(BM) e deixaram altos os seus spreads para o mês de Dezembro. Contudo a redução da “Prime Rate” poderá começar a minimizar as insuportáveis suas taxas de juro que têm gerado grandes margens financeiras para os banqueiros.

Há cerca de um mês o BM, depois de longo meses de política monetária restritiva, “decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 50 pontos base, para 21,00%. Adicionalmente, o órgão reduziu as taxas da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) e da Facilidade Permanente de Depósito (FPD) em 50 pontos base, para 22,00% e 15,50%, respectivamente, bem como o Coeficiente de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional e estrangeira em 100 pontos base, para 14,00%”.

Nesta quarta-feira(22) o banco central reduziu também a “Prime Rate” do sistema financeiro moçambicano, de 27,5% para 27,25%.

Entretanto dos 20 bancos comerciais em Moçambique 18 parecem ter ignorado estas reduções e mantiveram as suas altas margens sobre os créditos.

Excepção seja feita ao Standard Bank que reduziu o seu spread para operações de leasing ou factoring, reduziu de 10,25% para 5,5% o que reduz a taxa de juro máxima para 32,75%, a segunda mais baixa da banco neste segmento.

Um pouco menos insuportáveis também ficaram os spreads para leasing ou factoring no Moza Banco, reduziu de 10% para 9,5% o que fez cair a taxa de juro máxima para 36,75%, e ainda para e crédito à Habitação, que decresceu de 10% para 7% baixando a taxa de juro máxima para 34,25%.

Salientar que a alta das taxas de juro só penaliza o povo porque para a banca tem obtido grandes lucros, mesmo em tempo de crise económica e financeira.



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