O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que governa a cidade de Nampula desde as eleições autárquicas de 2013, formalizou, na quinta-feira (16), na Comissão Nacional de Eleições (CNE), em Maputo, a sua vontade de correr na eleição intercalar na chamada terceira urbe mais importante do país.
Nampula vai parar a 24 de Janeiro próximo para escolher o novo presidente, em resultado da vaga existente após o assassinato do edil Mahamudo Amurane, a 04 de Outubro passado, na sua residência particular, segundo a Polícia por gente ainda não identificada.
Cauteloso nas palavras, uma vez que Nampula está numa situação de parente tensão, José de Sousa, mandatário do MDM e deputado da Assembleia da República (AR), disse à imprensa que a vitória para o seu partido é certa: “Como em todos os desafios” enfrentados, “entramos para vencer”.
Neste momento, a cidade de Nampula é dirigida, interinamente, por Américo Júlio da Costa Iemenle, presidente Assembleia Municipal.
Ele substitui Manuel Francisco Tocova, detido durante quatro dias e depois restituído à liberdade, por alegada posse de arma de fogo do tipo pistola e cerca de 100 munições.
O registo para a eleição intercalar naquele município decorre de 15 a 21 de Novembro corrente, enquanto as candidaturas terão lugar de 23 do mesmo mês a 07 de Dezembro próximo. Podem participar partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos interessados.
A Renamo, que em 2013 boicotou as eleições autárquicas exigindo a revisão da lei eleitoral e que desde 1994 se queixa de ser vítima de roubo de votos pelo Frelimo, partido no poder, tornou-se, na quarta-feira (15), a primeira formação política a formalizar a sua inscrição para o sufrágio de Janeiro próximo.
A CNE vai, oportunamente, notificar os partidos já inscritos sobre a validação ou não do processo, após examinar os documentos submetidos.
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