O partido no poder há 42 anos em Moçambique, a Frelimo, inscreveu na Comissão Nacional de Eleições (CNE), na passada sexta-feira (01), o seu candidato, Amisse Cololo, para a eleição intercalar marcada para 24 de Janeiro de 2018, na cidade de Nampula, e foi o primeiro a fazê-lo.
Verónica Macamo, mandatária da Frelimo e também presidente da Assembleia da República (AR), entregou ao órgão que gere os processos eleitorais no país a documentação de Amisse Cololo e 6.020 assinaturas de apoiantes, contra os 2.555 impostos pela lei.
A Frelimo governava a autarquia de Nampula desde 1998, através de Dionísio Chewewa, e em 2003 e 2008, por intermédio de Castro Namacua.
Segundo a mandatária daquela formação política, ao contrário do desaire de 2013, desta vez, o seu partido vai reconquistar a terceira cidade mais importante e que faz parte do maior círculo eleitoral de Moçambique.
“Pensamos que é normal perder”, pois acontece em democracia e a Frelimo está consciente de que “podemos voltar a perder. Quando alguém perde reflecte” por que razão foi derrotado e olha para as suas causas com vista a corrigi-las, disse Verónica Macamo.
Contudo, em caso de vitória, segundo a parlamentar, a Frelimo vai “ganhar bem” e está a preparar-se para o feito. Amisse Cololo vai enfrentar o candidato da Renamo, Paulo Vahanle, de 57 anos de idade, e o candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Carlos Saide Chaure, de 47 anos de idade.
O partido Acção de Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI) elegeu Mário Muquissince, de 54 anos de idade, como candidato independente a presidente daquela urbe.
As candidaturas decorrem desde 23 de Novembro passado e terminam a 07 de Dezembro corrente.
A eleição intercalar na autarquia de Nampula visa escolher o edil substituto de Mahamudo Amurane, assassinado na noite de 04 de Outubro passado, na sua residência. O crime ainda não foi esclarecido. Refira-se que o MDM realiza naquela urbe, de 05 a 08 de Dezembro em curso, o seu II Congresso.
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