Um cidadão de 75 anos de idade está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), no distrito de Matutuine, província de Maputo, indiciado de cárcere privado a uma adolescente de 15 anos de idade, de transformá-la em sua escrava sexual e submete-la a maus-tratos. Uma outra rapariga escapou do mesmo tipo de sevícias após parar na casa do suspeito, onde tinha sido prometida emprego.
Segundo Fernando Manhiça, porta-voz da Polícia, naquela parcela do país, a miúda foi deslocada do distrito de Chibuto, em Gaza, para Maputo com promessas de emprego, depois de uma negociação com a família da mesma, que, porém, não sabia da humilhação a que a filha estava sujeita.
Às autoridades policiais e a jornalistas, a rapariga disse que o idoso exigia, sempre, que ela mantivesse relações sexuais com ele. Caso ela recusasse era espancada e queimada o ânus com recurso a carvão em brasa no sentido de ceder ao estupro.
Na altura em que a menina foi resgatada apresentava marcas de ter sido submetido à agressão física que lhe causou ferimentos em quase todo o corpo.
Uma outra miúda que conseguiu escapar das mãos do suposto agressor e predador sexual contactou a PRM que o ancião tentou estuprá-la.
Para além de acusar o ancião de prática de abuso sexual e incriminá-lo de produção de cannabis sativa, vulgo soruma, a corporação suspeita que ele seja um traficantes de seres humanos.
O cidadão assumiu ter mantido a menina em cárcere privado e submeteu-a à agressão física como forma de coagi-la a aceitar a ir à cama com ele. Disse que produzia soruma como para sobreviver.
Segundo ele, aquele tipo de droga, cuja produção e consumo é proibido em Moçambique, é resistente à seca. Na sua residência, a Polícia recuperou mais de 300 quilogramas de soruma.
Em conexão com o abuso de sexual da rapariga, a PRM deteve duas senhoras, indiciadas de terem sido elas que recrutaram as duas vítimas a que nos referimos.
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