Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) propõem-se a resgatar o tráfego ferroviário tradicional retirando da Estrada Nacional nº 4 (EN4) cerca de 200 dos mais de 500 camiões que em alguns dias transportam carga da África do Sul para o Porto de Maputo.
O compromisso foi assumido nesta segunda-feira (09) por Miguel Matabele, o Presidente do Conselho de Administração dos CFM, durante a cerimónia de apresentação do desempenho produtivo, económico e financeiro de 2017 e do plano estratégico para 2018-2020 da empresa.
“Nós queremos resgatar o tráfego tradicional ferroviário, fizemos uma avaliação do que é que está a acontecer na estrada, em particular na EN4, avaliamos os camiões que podem ser retirados da rodovia para o ferroviário e, em coordenação com o Porto de Maputo, nós trabalhamos olhando para os investimentos que o Porto já começou a desenvolver, no sentido de podermos comprometer que será a partir de Outubro até ao fim do ano, nós queremos comprometer em retirar cerca de 200 camiões na estrada EN4 para a ferrovia, neste caso a linha de Ressano Garcia”, declarou Matabele.
No entanto este compromisso do PCA dos Caminhos de Ferro de Moçambique é desafiante pois a vontade de passar a carga dos camiões para os comboios é o desejo antigo que esbarra num forte lobby que parece não estar preocupado com a minimização dos custos que representa o transporte ferroviário.
Aliás a própria concessionária da EN4, a Trans African Concessions (TRAC) que já se distanciou de qualquer controlo sobre o tráfego de camiões, que é responsável por inúmeros acidentes de viação e de congestionamentos na via, poderá perder receitas de pelo menos 800 mil meticais por dia se os CFM conseguirem retirar 200 camiões da via.
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