Dois indivíduos, dos quais um funcionário público e outro agente aduaneiro, foram recolhidos aos calabouços por supostamente terem sido surpreendidos a corromperem-se, no recinto de uma instituição do Estado, há uma semana, na cidade da Beira, província de Sofala.
Segundo o Gabinete de Combate à Corrupção em Sofala, trata-se de um agente de serviço afecto ao Centro de Exames Médicos na Beira, que alegadamente recebeu 200 meticais com vista a facilitar a emissão de um certificado de aptidão física para um despachante aduaneiro, com quem está detido.
A pés juntos, os implicados negaram o seu envolvimento e defenderam-se acusando os funcionários do Gabinete de Combate à Corrupção, que os detiveram, na última sexta-feira (29), de deterem deturpados os factos no sentido de prejudicá-los.
O indivíduo para o qual o certificado de aptidão física foi emitido contou que ao receber o documento em questão dirigiu-se à cantina do Centro de Exames Médicos, onde foi interpelado pelo cidadão com o qual estava privado de liberdade até ao fecho desta edição.
Na circunstância, o seu interlocutor mostrou-se aflito porque precisava de 20 meticais para supostamente tomar transporte de regresso à casa. “Não lhe ofereci 200 meticais”, mas sim, “20 meticais”.
Por sua vez, o agente de serviço afecto ao Centro de Exames Médicos confirmou que pediu 20 meticais àquele cidadão, mas volvido algum tempo foi detido, acusado de corrupção em pleno local trabalho.
O que não se percebe, porém, é por que razão o indiciado necessitava de 20 meticais para transporte se tinha em sua posse pelo menos 670 meticais, que assegurou serem seus.
Esta situação, aliada ao facto de terem sido encontrados na posse do suspeito documentos de diferentes pessoas, incluindo bilhetes de identidade, pode ter dado azo para que o Gabinete de Combate à Corrupção concluísse haver indícios do crime de que ele é acusado.
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