Os accionistas da Odebrecht S.A, reunidos em assembleia-geral, aprovaram, recentemente, o novo Conselho de Administração da empresa, constituído, na sua maioria, por conselheiros independentes contratados no mercado.
O novo Conselho de Administração é composto por Cledorvino Belini, Ieda Gomes Yell, Jorge Marques Toledo Camargo, Roberto Faldini, Ruy Lemos Sampaio e Sergio Foguel, todos com larga experiência na área de gestão de grandes empresas.
A presidência fica a cargo de Ruy Lemos Sampaio, que ingressou na Odebrecht em 1985, tendo passado por várias posições, tais como as de tesoureiro, director de Finanças Internacionais, director de Investimentos e da Odebrecht Química. Em 2009, assumiu a direcção da Kieppe Participações e Administração Lda, empresa accionista da Odebrecht S.A.
No seu discurso de despedida, Emílio Odebrecht, que durante 20 anos presidiu o Conselho de Administração, acrescidos aos mais de 50 anos de dedicação à empresa, disse acreditar que a nova estrutura saberá tomar as decisões correctas e necessárias para atender de forma convergente os interesses dos clientes, accionistas, bem como das comunidades onde a Odebrecht actua.
“Saio com o sentimento de dever cumprido e com a confiança de que o novo Conselho de Administração dará continuidade à nossa história e tradição de realizações na entrega dos produtos e serviços e geração de resultados”, afirmou.
Entretanto, apesar de deixar a presidência do Conselho de Administração, Emílio Odebrecht vai permanecer na empresa como accionista mandatário da Kieppe Patrimonial, accionista maioritário da Odebrecht S.A, embora não deva interferir na sua gestão.
“O acompanhamento, as posições que adoptarei e as contribuições que farei doravante, junto com os demais accionistas minoritários, serão directamente encaminhadas ao presidente do Conselho de Administração, através do fórum dos accionistas”, esclareceu Emílio Odebrecht.
O formato do novo Conselho de Administração confirma o modelo de governo societário que a Odebrecht tem vindo a implementar desde 2016, com a clara separação entre o papel dos accionistas e a estrutura de administração da Odebrecht. O Conselho de Administração, da mesma forma que outras empresas do Grupo, actuará como um órgão deliberativo, tomando decisões por maioria de votos. Caberá ao presidente coordená-lo.
Uma das principais missões do novo Conselho de Administração da Odebrecht S.A. será o de estimular as empresas líderes de negócio do Grupo a ter sócios, preferencialmente via abertura de capital na Bolsa de Valores.
Adicionalmente, focar-se-á na continuidade da revisão das políticas da companhia, na manutenção da unidade cultural, no processo de sucessão, na indicação de maior presença de conselheiros independentes para todas as suas empresas controladas e na disciplina do governo societário e do sistema de compliance.
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