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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Aeroporto Internacional de Maputo pronto a receber mais tráfego aéreo internacional

Foto de Fim de SemanaO Aeroporto Internacional de Maputo, o maior do País, recebeu, na segunda-feira, 27 de Agosto, o certificado operacional, que confirma o cumprimento integral dos requisitos exigidos a nível internacional para um aeroporto de categoria quatro.

A certificação do Aeroporto Internacional de Maputo é o culminar de um trabalho que durou três anos e que consistiu na implementação de reformas profundas, incluindo a melhoria das infra-estruturas, sistemas de ajuda à navegação, bem como dos procedimentos à luz da legislação nacional e internacional.

Os trabalhos incluíram, igualmente, a reabilitação da pista do Aeroporto Internacional de Maputo, que resultou na colocação do novo e moderno sistema de iluminação da pista, da conduta subterrânea para o abastecimento de combustível às aeronaves, do novo pavimento na pista principal e na placa de estacionamento, assim como na construção da placa para aviões cargueiros, entre outros.

A reabilitação da pista veio conferir maior segurança nas operações das aeronaves, com possibilidade de receber aparelhos de maior porte (A340 e Boeing 747), bem como permitir o aumento da área de estacionamento no terminal doméstico e no de carga.

Para o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, esta certificação resulta dos esforços que têm sido empreendidos pelo Governo, com vista à criação de condições favoráveis ao desenvolvimento da aviação civil no País, através da transparência e conformidade dos procedimentos da empresa Aeroportos de Moçambique e da preocupação em elevar os aeroportos a níveis internacionais.

Uma das consequências directas desta certificação será a atracção de mais tráfego aéreo internacional, uma vez que os operadores passarão a beneficiar da redução dos seguros por escalarem um aeroporto de baixo risco, por preencher os requisitos exigidos para a respectiva categoria.

“Ganhamos um poderoso instrumento para o desenvolvimento interno e externo. Esta certificação é um factor de notoriedade, que vai permitir uma melhoria da nossa posição no mercado”, disse o ministro, que acrescentou que os esforços do Governo visam, igualmente, colocar o nome do País na rota dos principais destinos, regionais e continentais.

Entretanto, Carlos Mesquita reconheceu que a certificação representa um desafio para as autoridades, dadas as crescentes exigências dos passageiros e de todos os utentes dos serviços aeroportuários, tendo, por isso, chamado à atenção para a necessidade de se privilegiar a qualidade dos serviços prestados.

“Fenómenos como desaparecimento e violação de bagagens, atrasos e cancelamentos de voos por parte dos operadores, acesso à pista por pessoas não identificadas nem autorizadas, entre outros, devem ser fortemente combatidos”, apelou Carlos Mesquita, que aproveitou a ocasião para referir que, com a certificação do Aeroporto Internacional de Maputo, decorrem esforços para que, ainda este ano, seja concluído o processo de certificação do Aeroporto da Beira, ao que se seguirá o de Nampula, em 2019.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração do Instituto da Aviação Civil de Moçambique (IACM), João de Abreu, explicou que, dada a categoria do Aeroporto Internacional de Maputo, o processo de certificação foi mais complexo, tendo, por isso, durado três anos.

“Com a certificação, materializa-se a quarta fase do processo, de um total de cinco. Contámos com o apoio dos Aeroportos de Moçambique, que conceberam e nos apresentaram um plano de acções proactivas, que contribuíram para que o processo fosse bem-sucedido”, disse João de Abreu.

Importa realçar que o Aeroporto Internacional de Maputo é o maior do País e o que regista mais tráfego de aeronaves e passageiros. Só no ano passado, de um total de 53,6 mil aeronaves, cerca de 18,9 mil escalaram o Aeroporto Internacional de Maputo, o equivalente a 35 por cento.

Quanto ao tráfego de passageiros, no mesmo período o Aeroporto Internacional de Maputo registou 940.800 passageiros, do total de 1.784 mil representando 52,8 por cento.



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