Os três partidos políticos que concorrem em todos os 53 municípios do país, a Frelimo, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e a Renamo, vão ocupar a primeira, segunda e terceira posição, respectivamente, no boletim de voto para as eleições de 10 de Outubro próximo, determinou o sorteio realizado na terça-feira (28), em Maputo, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Aquelas formações políticas, por sinal únicas com assento na Assembleia da República (AR), foram as primeiras a conhecerem a sua sorte no boletim de voto.
Nas eleições autárquicas de 2013, as quais foram boicotadas pela Renamo, a Frelimo e o MDM ficaram em primeiro e segundo lugares, respectivamente.
Para Alcídio Nguenha, representante da Frelimo, ocupar o primeiro lugar no boletim de voto significa “bênção, gloria e triunfo”. Mas, mais do que correr, é preciso “apresentar ideias e projectos” claros de desenvolvimento (...).
Segundo ele, as eleições autárquicas “estão ligadas ao processo de garantia da paz efetiva no país”, cujo diálogo para o efeito é levado a cabo pelo Governo e pela Renamo.
José de Sousa, mandatário da MDM, considerou que a posição em que o seu partido se encontra vai facilitar persuasão do eleitorado a votar nele.
André Magibire, mandatário da Renamo, recorreu à bíblia para metaforizar o terceiro lugar: “Jesus Cristo ressuscitou no terceiro dia (...), mas o que é preciso é trabalho” para vencer no dia 10 de Outubro.
Na presença dos respectivos mandatários, foram sorteados 21 partidos políticos, coligações de formações políticas e dos grupos de cidadãos eleitores candidatos ao escrutínio que se avizinha.
Refira-se que as quintas eleições autárquicas serão realizadas com base num “sistema de lista”, que consiste na escolha dos membros da assembleia autárquica e o cabeça da lista vencedora será proclamado presidente do conselho autárquico de onde concorre. Este facto obriga que a organização dos concorrentes nas listas e nos boletins de voto seja diferente daquela que era observada nos escrutínios anteriores.
À parte, o órgão que supervisiona o recenseamento e os actos eleitorais no país sorteou ainda o posicionamento no boletim de voto dos partidos extraparlamentares, coligações e grupos de cidadãos eleitores.
A Juntos Pela Cidade (JPC) e a Acção de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), que à semelhança de outras organizações concorrem em algumas autarquias, ficaram na quarta e quinta posição, respectivamente.
Os lugares seguintes são ocupados pelo Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), pela Coligação Aliança Democrática (CAD), Partido da Justiça Democrática de Moçambique (PJDM), Coligação Esperança do Povo (E-Povo), Coligação União Eleitoral (UE), Partido de Progresso do Povo de Moçambique (PPPM), Partido Verdes de Moçambique (PVM), Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO), entre outros.
As três últimas posições couberam à Solidariedade Cívica de Moçambique (SCM), ao Partido Democrático de Moçambique (PDM) e à Associação dos Naturais, Residentes e Amigos da Namaacha (ANRAN).
Nos próximo dias, a CNE vai sortear o tempo de antena a ser respeitado pelos órgãos públicos de radiodifusão e televisão – Televisão de Moçambique e a Rádio Moçambique – durante a campanha eleitoral. Esta terá duração de 15 dias, contados a partir de finais de Setembro prestes a iniciar.
A produção do material de votação foi adjudicado ao Consórcio Académica-Uniprint, cujos donos são membros influentes do partido no poder, a Frelimo.
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