Homens armados dispararam contra um desfile militar no sudoeste do Irão no passado sábado, matando 25 pessoas, quase a metade delas de integrantes da Guarda Revolucionária, informaram agências de notícias estatais, em um dos piores ataques já realizados contra a força de elite.
O canal de televisão estatal informou que o ataque, que feriu mais de 60 pessoas, teve como alvo um encontro de autoridades iranianas na cidade de Ahvaz para assistir à cerimónia anual que marca o início da guerra de 1980-88 contra o Iraque.
Um movimento de oposição árabe chamado Resistência Nacional Ahvaz, que busca um estado separado na província de Khuzistão, rica em petróleo, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
Militantes do Estado Islâmico também reivindicaram responsabilidade. Nenhum deles apresentou provas. Todos os quatro atacantes foram mortos. Mulheres e crianças também morreram no ataque, informou a agência estatal IRNA.
O episódio afetou a segurança do Irão, país produtor de petróleo e membro da OPEP, que tem estado relativamente estável em comparação aos países árabes vizinhos, que enfrentam problemas desde as revoltas de 2011 no Oriente Médio.
A Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) tem sido a espada e escudo do governo clerical xiita no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.
A Guarda, a força militar mais poderosa e fortemente armada da República Islâmica, também desempenha um papel importante nos interesses regionais do Irão em países como Iraque, Síria e Iémen. Os seus integrantes respondem ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e têm uma vasta participação nos biliões de dólares da economia do país.
Um vídeo divulgado na mídia iraniana mostra soldados rastejando enquanto são disparados tiros em direção a eles. Um pega uma arma e fica de pé enquanto mulheres e crianças fogem para salvar suas vidas.
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