O Governador do Banco de Moçambique revelou que o défice da Conta Corrente deteriorou-se em 414 milhões de dólares norte-americanos durante o 1º semestre, devido ao “pagamento de serviços especializados dos grande projectos, em particular no que se refere a construção da plataforma na Bacia do Rovuma”. Paralelamente o banco central iniciou a preparar a economia para a significativa entrada de divisas que deverá acontecer com o avanço dos projectos de exploração do Gás Natural.
Falando a jornalistas na passada quinta-feira (30), em conferência de imprensa que se seguiu a reunião do Comité de Política Monetária, Rogério Zandamela referiu que durante o 1º semestre de 2018 “a Conta Corrente deteriorou-se um pouco de 414 milhões de dólares (norte-americanos), 417 (milhões) disso tem a ver com o pagamento ao exterior de serviços especializados para o projecto de gás natural”, concretamente da construção da fábrica flutuante de gás natural liquefeito (FLNG no acrónimo em língua inglesa).
“São boas notícias, esses serviços têm que ser pagos, são necessários, porque vão gerar mais exportações e mais reservas no futuro. Neste momento é uma conta a pagar”, acrescentou o Governador do banco central.
Ainda analisando a Conta Corrente Zandamela realçou uma ligeira deterioração da balança comercial, que decorre do incremento das importações de maquinaria e de bens de consumo intermédio.
Entretanto o Comité de Política Monetária decidiu na semana finda “Aumentar, com efeitos a partir do período de constituição que inicia a 7 de Setembro, o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda estrangeira em 500 pontos base, para 27 por cento”.
Uma medida que visa reduzir o impacto da dolarização na economia mas também iniciar preparação da economia para o momentos próximos de grande entrada de moeda externa na sequência das Decisões Finais de Investimentos dos megaprojectos que vão explorar o gás natural existente em Moçambique.
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