A Gapi-Si e o Banco Societé Generale Moçambique, SA, assinaram, na tarde de terça-feira, 30/10/18, em Maputo, um acordo que formaliza a adesão deste banco ao Fundo de Garantias de Empréstimos, designado Agro-Garante.
Com o acordo, o Banco Societé Generale Moçambique passa a dispor deste instrumento de redução de risco, para financiar os seus clientes que operam nas cadeias de valor do Agro-negócio.
No acto da assinatura, o representante desta entidade, nomeadamente o seu Director Financeiro, Tomás Araújo Chale, considerou que “as garantias são consideradas no processo de análise e avaliação de risco do crédito e vão, certamente, reflectir na redução das taxas de juro”.
Por seu turno, o Presidente da Comissão Executiva da Gapi, António Souto, disse que a adesão da Societé Generale ao Agro-Garante simboliza o sucesso deste fundo e “entanto que Instituição Financeira de Desenvolvimento, a Gapi contribui através deste e de outros instrumentos para tornar mais acessível o financiamento às PME´s”.
O Agro-Garante resulta de um acordo entre os Governos de Moçambique, do Reino da Dinamarca e a Gapi-SI, com vista a melhorar o acesso ao crédito bancário e a investimentos, por parte das empresas ligadas ao agro-negócio. A Gapi ficou com a responsabilidade de desenhar e implementar um sistema de garantias, que veio a ser designado Agro-Garante.
Em 2013, em cooperação com a Associação Moçambicana de Bancos, várias instituições de crédito aderiram ao sistema. Desde a sua operacionalização, o Agro-Garante, que conta com oito bancos subscritores, já viabilizou a concessão de crédito num montante de 230 milhões de meticais a cerca de 90 pequenas e médias empresas, o que permitiu assegurar mais de 5.000 postos de trabalho.
No âmbito do Agro-Garante, a Gapi concede aos bancos subscritores garantias em proporções que variam de 20 a 70%, sendo que os montantes destas operações variam entre 750 mil meticais e 15 milhões de meticais, prevendo-se para breve o aumento do tecto para 20 milhões de meticais.
A experiência da Gapi e o sucesso na concepção e gestão do Agro-Garante, fê-la merecer a confiança de outras entidades, nomeadamente por parte do Banco Mundial e do MITADER (Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural) que, através de um concurso internacional, a selecionaram para gerir e implementar um novo Instrumento de Garantias para Pequenas e Médias Empresas.
Este novo fundo de garantias bancárias é parte dos instrumentos financeiros do programa Sustenta, que abrange vários distritos de Nampula e Zambézia, estando inicialmente dotado de uma verba de pouco mais de USD 2.0 milhões. O início da sua implementação aguarda apenas pelos deseembolsos por parte dos contratantes.
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