Subiu para 84 pessoas o número de mortes confirmadas, nesta terça-feira, após o rompimento de uma barragem da Vale no Brasil ter lançado uma enorme avalanche de lama de rejeitos sobre áreas da própria empresa e da cidade de Brumadinho, número que ainda deve aumentar, já que 276 pessoas ainda estão desaparecidas.
Em entrevista em Brumadinho, onde a barragem da mina do Córrego do Feijão rompeu-se na sexta-feira, o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, disse que foram identificados 42 corpos entre os óbitos.
Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, as equipes de resgate já encontraram ao menos dois corpos na área em que antes era o refeitório da Vale na mina, e a expectativa é que novos resgates sejam feitos neste local na quarta-feira.
Na noite desta terça, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou após reunião no Ministério de Minas e Energia em Brasília que a mineradora não irá mais conviver com barragens de mineração construídas no método conhecido como a montante —mesmo usado em Brumadinho e na barragem que rompeu em Mariana em 2015— e que a produção da empresa em locais em que ainda existem esse tipo de barragem serão paralisadas para que essas instalações sejam eliminadas.
Também nesta terça-feira, três funcionários da Vale responsáveis pela barragem de Brumadinho e dois engenheiros da empresa alemã Tüv Süd, que atestaram a estabilidade da unidade, foram presos em operação para apurar homicídio, falsidade ideológica e crimes ambientais na tragédia.
As prisões incluem o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança e o gerente-executivo operacional do complexo minerário Paraopeba da Vale, de acordo com decisão da juíza Perla Saliba Brito, de Brumadinho. O terceiro funcionário da mineradora é um geólogo que atestou a segurança da barragem junto com os engenheiros terceirizados, segundo o documento visto pela Reuters.
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