Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Campanha eleitoral em altura de Luto Nacional
A falta de vergonha por parte do Presidente da República, Filipe Nyusi, é deveras preocupante. O sujeito interrompeu o Luto Nacional, na passada sexta-feira (22), para lançar a primeira pedra de um projecto de habitação alegadamente para jovens em Maputo. Na verdade, o acto que representa um exercício barato de pré-campanha eleitoral para a sua reeleição nas Gerais demonstra a indiferença e falta de qualquer réstia de sentimentos por parte do Chefe do Estado, em relação as vítimas do ciclone IDAI. Para justificar a sua Xiconhoquice, Nyusi disse “Estamos distribuídos a fazer trabalhos na Beira mas mesmo assim temos que continuar com o foco no nosso projecto da Governação”. O mais caricato é que o seu Governo tem-se mostrado incapaz de edificar as 35 mil casas que prometeu no seu Plano Quinquenal que este ano termina, mas virou-se para o sector privado, neste caso para o sempre disponível apoio chinês sob condições que não são publicamente conhecidas, por forma a erguer pelo menos uma casa à tempo das eleições.
"Curto circuito" para uso de pontes de emergência
Definitivamente, este país é uma verdadeira piada. Mais de uma semana depois da água danificar a nova Estrada Nacional Nº 6 foi neste domingo (24) restabelecida a ligação entre a cidade da Beira e o resto de Moçambique. No entanto “um pequeno curto circuito na comunicação” impediu que algumas das pontes metálicas móveis compradas por 11,9 milhões de dólares em 2016 fossem usadas no local. O Chefe de Estado usou a sua página de facebook para vangloriar-se do trabalho do seu Governo na reposição da transitabilidade na crucial Estrada Nacional Nº 6 que dá acesso à cidade da Beira e aos países do Hinterland. O cúmulo da Xiconhoquice é que ele não não explicou porque razão as pontes metálicas móveis adquiridas em 2016 pelo seu Executivo não foram usadas para restabelecer a transitabilidade mais rapidamente.
Preparando Fundo Soberano sem o povo
Por alguma carga de água, o Banco de Moçambique (BM) decidiu organizar um seminário com o seguinte tema: "Preparando Moçambique para a era do gás natural". De acordo com os organizadores o seminário tem como objectivo pensar sobre como usar as receitas da indústria extractiva. Contudo, para além do Governo, representantes das multinacionais, e sector privado (principalmente banqueiros), o povo não esteve presente, nem representado pela Sociedade Civil. O cúmulo da Xiconhoquice é que os meios de comunicação social foram convidados a sair assim que o Presidente da República, Filipe Nyusi, terminou o seu discurso de abertura do evento. O mais caricato ainda é que o PR afirmou que “o nosso princípio é que os recursos minerais são pertença de todo o povo moçambicano”. Qual é a razão de se discutir um assunto de interesse do povo a portas fechadas?
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