“Há pouco mais de 4 anos, como se fosse hoje, uma figura tão especial irrompia de um lugar sacrossanto da família moçambicana e democraticamente eleita, fazedor da aliança perfeita entre o povo e o poder, no progresso da economia e do desenvolvimento. Essa figura de proa, lúcida, arguta, incontornável na política moçambicana temo-lo aqui hoje connosco” iniciou desta forma a presidente da AR a introdução do Chefe de Estado para prestar o seu informe sobre o Estado da Nação.
Verónica Macamo iniciou então a adulação, diga-se recorrente em todas as ocasiões em que recebeu o Chefe de Estado, afirmando que até o inverno deu tréguas porque Filipe Nyusi iria a Assembleia da República. “Da ponta vermelha a Assembleia da República as sirenes habituais foram disseminando um som mais festivo desabrochando as flores do jardim como oferenda a comitiva”.
“Excelência senhor Presidente, porque as palavras vão se tornando infinitamente diminutas e porque respeitamos piamente o pensamento do filósofo grego Sócrates que dizia e leio: dê a César o que é de César, é com a devida vénia, respeito e elevada consideração que convido a V.Excia senhor Presidente da República para se dirigir ao pódio”, concluiu a segunda mais importante figura do Estado moçambicano numa evidente confusão pois as palavras são atribuídas a Jesus Cristo, nos evangelhos sinóticos.
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