Hoje fiquei triste quando soube da morte de João. Gilberto, o Pai da Bossa Nova. Foi com ele que eu aprendi a gostar da música Brasileira e da sua poesia
“O samba da minha terra deixa a gente mole e quando se canta todo o mundo bole, e quem não gosta do samba, e Bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou dente do pé."..
Deu espetáculos em todo o mundo desde o Japão à Argentina só ou acompanhado por Chico Buarque ou outros, foi pena não ter vindo cá fazer um concerto com Fany Nfumo. Ou com Xidiminguana.
“O Pato, vinha cantando alegremente, e quando o marreco sorridente, pediu para entrar também no samba, e o ganso gostou da dupla e fez também qué qué, e Olhou pró cisne e disse vem, vem, que um quarteto, ficará bem.”
As suas músicas e letras foram cantados por inúmeros cantores não só brasileiros.
”Doralice, eu bem que lhe disse, e amar é tolice, é bobagem gozão, e eu prefiro viver tão sozinho e ao som do lamento do meu violão e Doralice eu bem que lhe disse, e olhe essa embrulhada que você me meteu, e agora, Doralice, meu bem, você tem que me dizer, e como é que nós vamos fazer.”
As suas músicas influenciaram fortemente Tom Jobim que criou com o ritmo do João os melhores sambas brasileiros como “As águas de Março” com uma letra surrealista e que cantou com Elis Regina ambos já falecidos.
“Eis aqui este sambinha, feito de uma nota só, e outras notas vão entrar mas a base é uma só.”
“Papai me deu um bom presente de Natal, você embrulhadinha num papel monumental” Recentemente uma filha desnaturada (que as há,) meteu o Pai em tribunal alegando que ele não estava capaz de gerir os seus bens e com a concordância do Juiz e com a ajuda da polícia roubou o que quis não levando o sabiá e o violão. O pai ficou aborrecido, mas continuou a cantar até o apagar da velha chama”.
Por José Maria de Igrejas Campos
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