O director-geral das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou que a empresa que dirige pretende comprar novos aviões. Na última vez que a falida companhia aérea estatal tentou comprar aeronaves, em 2014, o povo moçambicano perdeu 25 milhões de dólares e os aviões nunca chegaram ao nosso país.
João Carlos Pó Jorge anunciou, em declarações a agência de notícias portuguesa, que as LAM estão “a pensar adquirir novos aviões via leasing ou financiados por bancos, e pensamos que isso representará 100 a 120 milhões de dólares de investimento, em três anos, porque a frota é pequena ainda”.
Porém o dg das LAM não mencionou que em Fevereiro de 2014 a empresa anunciou a aquisição de três aviões Boeing do modelo Next-Generation 737-700, num investimento total de 228 milhões de dólares norte-americanos, como parte da sua estratégia para aumentar destinos. Por falta de dinheiro para financiar a operação toda a compra foi suspensa no entanto a companhia aérea de bandeira nacional já havia pago à empresa Boeing 25 milhões de dólares norte-americanos que nunca recebeu de volta.
O montante do pré-pagamento à Boeing foi obtido através de um empréstimo no Moza Banco que deveria ser pago em 30 meses. Contudo o @Verdade apurou que a 31 de Dezembro de 2017, muito para além do prazo de amortização, as LAM não estavam a saldar a dívida, garantida por uma “carta de conforto emitida pela Governo de Moçambique representado pela Direcção Nacional de Tesouro, nos termos e condições aceites pelo banco, com valida até à maturidade do presente financiamento”, que ascendia a 864.250.000 Meticais.
João Carlos Pó Jorge, que recentemente anunciou a reabertura da rota Maputo – Lisboa, havia prometido colocar a companhia aérea de bandeira nacional em breack-even até Setembro passado, no entanto ainda nem sequer conseguiu fechar as contas de 2018 como a lei preconiza.
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