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domingo, 26 de janeiro de 2020

OIT e Gapi implementam rede de assistência a empresas sob o risco de mudanças climáticas

A OIT – Organização Internacional de Trabalho e a Gapi juntam esforços para, em conjunto, darem assistência técnica às empresas, de modo a dotá-las de ferramentas para melhor responder aos principais desafios ligados às mudanças climáticas, conflitos, migração e torná-las sustentáveis e resilientes.

Para atingir este objectivo, a OIT e a Gapi estabeleceram um contrato que preconiza a capacitação de gestores de empresas e empreendedores. A primeira fase, que teve lugar de 19 a 21 de Dezembro na cidade da Beira, contemplou a formação de formadores em matérias que incluem (i) a identificação do quão resiliente é uma organização; (ii) identificação dos riscos que podem afectar uma organização; (iii) avaliação do nível de vulnerabilidade; (iv) compreensão das prioridades da organização, dentre outras.

“Esta metodologia de concepção e gestão de negócios é uma abordagem desenvolvida pela OIT e surge como uma ferramenta para ajudar as empresas, seus trabalhadores e famílias, a construírem resiliência, de modo a fazerem face aos desastres naturais. Ademais, compreender e implementar as ferramentas da plataforma, fortalecerá a resiliência de empresas a desastres naturais. – considera Igor Felice, representante da OIT em Moçambique.

Esta aliança entre as duas instituições baseia-se no pressuposto de que as mudanças climáticas e seus efeitos, sobre os principais sectores de actividades económicas, afectam negativamente áreas como a agricultura, pesca e comércio geral, que constituem as principais fontes de geração de emprego e renda para a maior parte dos moçambicanos. As cheias, secas e ciclones influenciam, significativamente, na sustentabilidade dos negócios.

A Gapi tem vindo a fazer intervenções neste domínio, donde se destacam os programas desenhados para minimizar os efeitos das destruições pós calamidades, onde a recuperação de empresas e das economias locais, com enfoque no homem, tem sido o foco principal. As intervenções aquando das cheias do ano 2000 e o FEREN – Fundo de Emergência para a Recuperação de Empresas e Negócios - para apoiar a recuperação e expansão de empresas/negócios nas zonas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth, são disso exemplo.

“A Gapi considera importante que os empresários das zonas afectadas pelos desastres naturais, principalmente mulheres e jovens, tenham acesso a uma oferta integrada de serviços, combinando treinamento em habilidades de gestão de negócios e continuidade de negócios, bem como acesso a serviços financeiros”, assegurou Adolfo Muholove, PCE desta instituição, para quem “A experiência que temos, como provedor de serviços, aliada à nossa abrangência geográfica e cultural, nos faz termos elevadas expectativas de sucesso”.

Nos próximos meses, serão desenvolvidas acções de formação nas províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, em matérias ligadas à resiliência e sustentabilidade das empresas de jovens e mulheres dos sectores nocivos ao meio ambiente. Com esta intervenção holística, espera-se que as empresas da região centro do país e respectivos gestores sejam capazes de lidar com os riscos associados às catástrofes naturais.



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