No novo “super” Ministério do Governo de Filipe Nyusi que tem a missão impossível de acabar com a fome em Moçambique, Celso Correia passou a ter competências não só para produção de comida mas também para promover a agro-industrialização de produtos agrícolas e pecuários e ainda continuar a construir bancos nos distritos.
Estão em vigor desde o passado dia 12 de Fevereiro as novas atribuições e competências do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural criado pelo Presidente Nyusi com a missão de “fome zero, carne nacional, rendas para os camponeses”.
Na área de Agricultura, às competência que já tinha, o Ministério de Celso Correia promove também “as cadeias de valor agrárias e o estímulo a agricultura comercial”. “Promover a agro-industrialização de produtos agrícolas; Promover a competitividade de produtos agrícolas; Promover e garantir a capacitação dos produtores; Promover a mecanização agrária junto dos produtores”, são outras das competência apuradas pelo @Verdade.
No sector da Pecuária o Ministério passou a ter competências para “Promover as cadeias de valor pecuários e o estímulo a pecuária comercial; Promover a agro-industrialização de produtos pecuários e derivados; Promover a competitividade de produtos pecuários e derivados”.
O Pelouro passou a ter competência para “Monitorar e Fiscalizar a actividade de desenvolvimento hidro-agrícola no País” e, embora tenha deixado de ter a Segurança Alimentar na denominação, continua a ter dirigir as políticas e programas de segurança alimentar.
Apenas duas tarefas para Celso Correia nos Primeiros 100 dias de governação
Ademais Celso Correia levou do seu antigo Ministério o Desenvolvimento Rural para dentro da Agricultura onde, dentre várias competências, se destacam “Desenvolver acções para a expansão dos serviços financeiros para as zonas rurais; Promover e gerir a implantação de centralidades de desenvolvimento socio-económico nas zonas rurais; Implementar acções estratégicas de comunicação rural, gestão de conhecimento e divulgação de boas práticas no âmbito de desenvolvimento rural”.
Por outro lado, enquanto o Governo procura restabelecer as fontes de financiamento externa, Correia já iniciou o uso do dinheiro do Banco Mundial que foi alocado no âmbito do Projecto Sustenta e para a construção de bancos nos distritos, programas que estavam no antigo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural.
No seu mais recente relatório anual sobre as perspectivas económicas para o nosso país o Banco Mundial advoga que o desenvolvimento de Moçambique só vai acontecer com maiores investimentos nas zonas rurais.
O @Verdade apurou que durante estes Primeiros 100 dias de governação Celso Correio ganhou alguma folga para arrumar o novo Ministério e preparar o combate à fome por isso tem apenas duas actividades: aprovisionar insumos agrários nas províncias afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth e ainda realizar vacinações de animais contra doenças.
A meta até Abril para o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADERU) é garantir 149,2 toneladas de milho, 77,7 toneladas de feijão, 240 mil enxadas e 120 mil catanas para 150 mil famílias nas províncias de Manica, Sofala, Tete, Zambézia e Cabo Delgado.
No que a prevenção de doenças animais Dermatose Nodular, Febre do Vale do Rift, NewCastle e Raiva o MADERU tem de vacinar 870 mil bovinos, 2 milhões de pequenos ruminantes, 20 mil cães e 6 milhões de galinhas em todo o país.
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