As previsões dos meteorologistas moçambicanos confirmaram-se: “nas províncias do Sul e parte do Centro de Moçambique a actual época de chuvas tem sido caracterizada por significantes défices hídricos e longos períodos sem chuvas, resultando no atraso ou perda de culturas e fraco desenvolvimento de pastagens”, o que deverá agravar a insegurança alimentar.
O quarto boletim de Monitoria Climática em Moçambique confirma as previsões de “chuvas abaixo do normal” nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane assim como em algumas regiões de Manica, Sofala, Tete e Zambézia.
“As chuvas intensas que caíram durante o mês de Fevereiro não mudaram a situação porque concentraram-se em um ou dois dias, observando-se ainda consecutivos dias secos na ordem de 21 ou mais” indica o documento do Instituto Nacional de Meteorologia que revela que em “quase toda zona Sul do país o solo se encontra bastante mais quente do que o normal com excessos de temperatura de até 6ºC, o que é consistente com condições de baixa humidade de solo. A cobertura vegetal também se encontra abaixo da média na região Sul”.
Estes períodos secos longos estão a afectar as colheitas de sequeiro e deverão aumentar a insegurança alimentar, situação alertada pela Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome que em finais de Fevereiro reportou “fraca produção de alimentos, é expectável uma situação de crise alimentar”.
Entretanto no Norte de Moçambique as chuvas tem sido abundantes desde Novembro o que propiciou as actividades agrícolas no entanto o boletim de Monitoria Climática assinala “algumas cheias localizadas devido ao excesso de precipitação”.
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