Duas novas escolas secundárias foram concluídas e mobiladas até Fevereiro passado nos bairros de Nkobe e Khongolote, município da Matola, província de Maputo, Sul de Moçambique, mas só entrarão em funcionamento no próximo ano.
Esta situação ocorre numa zona onde centenas de crianças ainda estudam debaixo de árvores e sentadas no chão por falta de salas de aula e carteiras nas escolas públicas, segundo escreve o jornal Notícias, na sua edição de hoje.Os dois estabelecimentos de ensino não arrancaram com as suas actividades porque aquando da aprovação do Plano Económico e Social (PES) referente a este ano, ainda estavam a ser construídas, de acordo com Lucas Fernando, director provincial de Educação em Maputo.
Aquele responsável disse não ter sido possível orçamentar o funcionamento das duas escolas para iníciarem as suas actividades este ano, embora os trabalhos da sua edificação estivessem então numa fase adiantada.
Cada uma das escolas com 15 salas de aula e uma de informática, bloco administrativo, ginásio e laboratório estavam praticamente concluídas no início do ano, tal como havia sido acordado com os empreiteiros.
Na tentativa de minimizar o cenário, as autoridades da Educação da província deslocaram turmas de uma escola da zona de Bedene, na Machava, para Nkobe e outras de Khongolote.
Apesar da decisão, as infra-estruturas permanecem sub aproveitadas, na medida em que no bairro de Nkobe, por exemplo, as turmas deslocadas não usam nem metade da escola e à noite, o estabelecimento, mesmo com energia eléctrica, fica fechado.
Inúmeros alunos residentes no Nkobe, Khongolote e bairros circunvizinhos, com sérios problemas de transporte, deslocam-se daquelas zonas para o centro da cidade, deixando para trás escolas já prontas, mas que só entrarão em funcionamento no próximo ano.
O subaproveitamento das escolas, particularmente no período nocturno, pode concorrer para actos de vandalismo e roubo de materiais.
(AIM)
FTA/mz
Reflectindo: Isso revela o baixo nível de planificacão
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