Pillay pede suspensão de sanções ao Zimbabué
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, apelou aos países ocidentais para suspenderem as sanções ao Zimbabué e ao seu presidente Robert Mugabe para conceder ao país uma possibilidade para implementar reformas.
Navi Pillay, uma antiga juíza do Tribunal Superior Sul-Africano, que também serviu no Tribunal Penal Internacional, disse aos jornalistas em Harare que as sanções impostas ao presidente Mugabe e à liderança do seu partido ZANU-PF estão a impedir o progresso económico no Zimbabué.
Os Estados Unidos e a Uniao Europeia impuseram sanções a Mugabe e a liderança da ZANU-PF em 2002, após informações de fraudes eleitorais e abusos de direitos humanos.
As disputadas eleições de 2008 apenas solidificaram as preocupações do Ocidente. Mugabe reivindicou vitória, mas foi forçado por potências regionais a uma coligação com a oposição e Morgan Tsvangirai como primeiro-ministro.
O pedido para o levantamento das sanções pode ser uma ajuda para o presidente zimbabueano mas o resto da visita de Pillay não correspondeu a todos os seus desejos. Ela não apoiou o pedido para eleições este ano para substituir a dividida coligação governamental. Em vez disso alinhou ao lado do primeiro-ministro Tsvangirai, afirmando que os abusos de direitos humanos continuam e reformas legais são necessárias antes que possa haver eleições livres e honestas.
Para além de apelar por reformas, a chefe dos direitos humanos da ONU advertiu o exército – que apoia abertamente Mugabe – para se manter neutral nas próximas eleições. Pillay pediu também ao governo do Zimbabué para revogar as leis que restringem os direitos dos activistas e jornalistas.
O Zimbabué vai realizar eleições em 2013, mas atrasos na ratificação de uma nova constituição poderá colocar a data em dúvida.
0 comments:
Enviar um comentário