À excepção da única mulher do grupo de sete indivíduos detidos pela Polícia da República de Moçambique em conexão com os raptos na cidade de Maputo e Matola, os restantes estavam a gozar de liberdade condicional, depois de terem cumprido metade da pena de prisão maior na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, vulgo BO.
Segundo o jornal Notícias, na sua edição de hoje, os operacionais dos sequestros cumpriam penas de prisão maior por práticas de delitos com recurso a arma de fogo. Porque a metade delas foram descritas como tendo sido cumpridas com bom comportamento, os tribunais que os condenaram acharam por bem libertá-los condicionalmente e, aproveitando-se disso, os seis protagonizaram, na óptica da Polícia, os 22 casos de raptos, tendo como alvo preferencial agentes económicos de origem asiática.
Ontem, o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique convidou a Imprensa para ver e manter uma rápida conversa com eles, bem como mostrar três dos quatro esconderijos onde eram escondidas as vítimas, assim como ver as 22 viaturas, parte delas usadas para o transportes das vítimas e outras adquiridas como produto dos sequestros.
Do grupo presente à Imprensa, seis são de nacionalidade moçambicana, sendo que a única mulher é esposa do cabecilha dos sequestros, conhecido nos meandros do crime por Angolano (na imagem acima), isto porque um dos progenitores é de nacionalidade angolana. O sétimo indivíduo a contas com a Polícia é de nacionalidade nigeriana.
Ainda de acordo com o Notícias, na 18ª Esquadra da PRM na cidade de Maputo onde os jornalistas tiveram o primeiro contacto com o grupo, Angolano foi o alvo principal, visto ser apontado como o principal homem de terreno na captura das suas vítimas. Ele não nega o seu envolvimento no grupo, tanto mais que afirmou que conhece a todos integrantes do grupo, mas que o mandante do crime é um cidadão de nacionalidade indiana.
O filho do adjunto-comissário da Polícia nega qualquer envolvimento na questão dos raptos, apontando que apenas foi solicitado por Angolano para o transportar de um ponto para um dos cativeiros, a troco de 50 mil meticais. Ele acrescentou não conhecer os restantes membros do grupo.
A esposa de Angolano, por sinal a única mulher detida neste caso, nega qualquer envolvimento nos raptos. Segundo ela, nunca soube o que o seu marido fazia e que por algumas vezes recebeu dinheiro oferecido por ele sem que alguma vez tenha revelado a sua proveniência.
Os restantes integrantes do grupo, incluindo o nigeriano, negaram o seu envolvimento nos raptos, mas admitiram conhecer Angolano.
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