Carduela Nassone Sitoe, residente no bairro 3 de Fevereiro, quarteirão 24, casa n.º 10434, no distrito municipal KaMavota, num comício popular realizado no histórico bairro da Mafalala, em Junho último, denunciou a vereadora e o secretário do bairro, Paulo Muzima, de terem vendido o seu terreno por 220 mil meticais. "O presidente da República deu o prazo de dois meses para o Conselho Municipal resolver o problema do terreno que me opõe à vereadora. A recomendação do presidente começou a dar resultados."
O presidente da República, Armando Guebuza, deu prazo de dois meses para o edil de Maputo, David Simango, resolver o problema de venda ilegal de terrenos no distrito municipal KaMavota. A vereadora Esterlinda Ndove é acusada de estar envolvida em negociatas de terra em conluio com alguns secretários de bairros e chefes de quarteirão e o assunto chegou ao presidente da República durante uma sessão de "presidência aberta" na capital. Agora o caso está a andar, mas ainda há problemas.
Carduela Nassone Sitoe, residente no bairro 3 de Fevereiro, quarteirão 24, casa n.º 10434, no distrito municipal KaMavota, num comício popular realizado no histórico bairro da Mafalala, em Junho último, denunciou a vereadora e o secretário do bairro, Paulo Muzima, de terem vendido o seu terreno por 220 mil meticais.
"O presidente da República deu o prazo de dois meses para o Conselho Municipal resolver o problema do terreno que me opõe à vereadora. A recomendação do presidente começou a dar resultados. A inspecção do município ordenou a devolução do material que havia sido retirado no terreno, mas recusei-me a receber por não estar completo", disse Carduela Sitoe ao Canalmoz.
A denunciante disse ainda que no âmbito das recomendações presidenciais, já foi arrolada pela inspecção do Conselho Municipal. Na última sexta-feira, também submeteu uma carta à edilidade na qual informava que não aceitou receber o material recolhido no terreno e depositado na administração KaMavota por estar incompleto.
Carduela Sitoe observou que, por ordens da vereadora, a Polícia Municipal foi remover no seu terreno 20 sacos de cimento, 20 tábuas de madeira, 28 varões, uma carinha de mão, 300 blocos de 10 e de 15, 6kg de pretos, duas pás e duas conchas. "Segundo as orientações da Olímpia, da inspecção, e Alcides, provedor da justiça no município de Maputo, eu devia ir à administração levantar o meu material de construção levado no dia 28 de Abril de 2012, mas porque não está completo não levei".
Vereadora
Carduela Sitoe contou-nos ainda que a vereadora insiste em dizer que se não quiser receber o material que se dirija à esquadra mais próxima. "Lamento este comportamento da vereadora. Agora manda-me à esquadra, mas quando foi remover o meu material usou a Polícia Municipal. Para mim, isto cheira a abuso de poder. Uma cópia da relação de material entreguei ao chefe de Estado no dia de comício".
O que Carduela Sitoe disse a Guebuza
Carduela Sitoe disse ao chefe de Estado que estava a ser vigarizada pela vereadora e pelo secretário do bairro 3 de Fevereiro. Conta que quando descobriu que o seu espaço, incluindo a casa, estava a ser vendido, mediante alegação de se tratar de uma reserva, aproximou-se da administração para melhor se inteirar do assunto.
"Em 2010, fui ao gabinete da vereadora no sentido de procurar solução, mas só viria a ser recebida em audiência em Janeiro do ano passado. Também foram chamados o secretário do bairro, o chefe de quarteirão 23, o guarda Simão Mondlane. O suposto comprador do terreno, João Tovela, não esteve presente", disse explicando adiante que nesse encontro ela prometeu enviar o assunto à Direcção de Construção e Urbanização.
Disse que vendo o tempo a passar, voltou à administração de KaMavota. "Quando entrei no gabinete da vereadora ela ralhou e mandou-me embora. Fui empurrada por um senhor chamado Machava. Ela atingiu o extremo de dizer que se eu não tenho nada a fazer, que não fosse lhe incomodar no seu gabinete, porque sou fofoqueira e lâmina cortante", conta Carduela Sitoe.
Inconformada com a resposta da vereadora, diz que em Outubro de 2010 marcou uma audiência com o presidente do município de Maputo, David Simango. "A audiência viria a acontecer a 11 de Janeiro de 2012. Entreguei os meus documentos e ele prometeu a resolução dentro de duas semanas, mas até hoje continuo sem solução". (Cláudio Saúte)
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