O secretário-geral do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Luís Boavida, disse que os órgãos de justiça moçambicanos ganharam já a consciência de que é necessário cumprir com as normas relacionadas com liberdade dos cidadãos no exercício da actividade política no país, facto que começou com o processo de julgamento e consequente condenação dos supostos membros da Frelimo que protagonizam acções de vandalismo contra as infra-estruturas e símbolos do seu partido.
Boavida disse, ainda, que alguns indiciados nessa prática têm sido condenados a penas de prisão que variam entre os cinco a sete anos, incluindo o pagamento de multas. Aquele dirigente político referiu-se a título de exemplo que muitos casos registados nos finais do ano passado e princípios deste, nos distritos de Angoche, cidade de Nampula, Mandimba, nas províncias de Tete, Manica, entre outras regiões do país.
Segundo a fonte, o caso mais recente aconteceu no distrito da Ilha de Moçambique em que o presidente do Conselho Municipal decidiu recolher e deitá-las fora as bandeiras do MDM, delegação distrital e, neste momento, o caso está sendo tratado pelos órgãos judiciais locais e espera-se que na finalização do respectivo processo seja feita a justiça como tem sido nos casos anteriores.
Próximas eleições autárquicas e gerais
Por outro lado, disse que a sua formação política já demonstrou que não se identifica com actos de vandalização dos patrimónios de outros partidos políticos.
Justificou o facto afirmando que fosse o caso os membros do MDM já teriam respondido de forma violenta estas provocações feitas numa altura em que o país encontra-se empenhado na promoção da democracia e a paz no seio dos moçambicanos. Apelou, ainda, ao partido Frelimo no sentido de promover a educação cívica dos seus membros e simpatizantes em matérias relacionadas com o respeito do direito à liberdade, sobretudo, no exercício da actividade política.
Num outro desenvolvimento aquele responsável deu a conhecer que o MDM está prontamente preparado para a sua participação nos próximos pleitos eleitorais no concernente aos recursos humanos e material. "O MDM vai concorrer em todas as autarquias do país porque o nosso partido tem a sorte de não estar a trabalhar apenas para os eventos políticos, mas sim trabalhamos de forma permanente", concluiu a fonte.
Estruturação do partido na base
Luís Boavida deu a conhecer que presentemente decorrem trabalhos a nível dos bairros em todas as regiões do país visando a estruturação das suas bases no sentido de garantir maior receptividade na sociedade. Referiu-se, por exemplo, da ansiedade da população na pretenção de mudar o actual sistema de governação. Ainda sobre a preparação interna, está prevista a realização, este ano, o primeiro congresso do MDM, uma prova que certifica a sua maturidade que, igualmente, vai caracterizar os cinco anos de governação no município da cidade da Beira.
Formação de Jovens de Nampula, Niassa e Cabo delgado No âmbito da estruturação do partido Movimento Democrático de Moçambique ao nível da base, aquela formação política realizou no último sábado um seminário de capacitação de jovens oriundos das províncias da regiãop norte do país, designadamente, Nampula, Niassa e Cabo Delgado em matérias de processos eleitorais, informação e marketing político.
Na circunstância, o secretário-geral do MDM, Luís Boavida, disse que os temas que foram abordados no mencionado encontro estiveram revestidos de importante significado na contribuição de modo a evitar a violação da legislação moçambicana e deverão usar os conhecimentos transmitidos para que possam usar no quotidiano das suas actividades, devendo para o efeito, garantir a separação de poderes sociais e políticos. Em relação à lei dos partidos políticos, Boavida disse que trata-se de um tema em que os conteúdos a serem transmitidos no encontro irão ajudar a identificar os erros cometidos por outros membros dos partidos políticos e reportá-los às entidades competentes, como é o caso da Assembleia da República, Municipal e Assembleia Provincial.
Acrescentou que no que tange ao tema sobre marketing político, o nosso entrevistado disse que ajudará na elaboração de ideiaspara discursar nos encontros visando promover a sua formação política e consequente mobilização de mais membros para as fileiras do partido. Quando os grupos juvenis de uma determinada região não funcionam, significa que o partido não está bem. "Nas eleições do próximo ano, a nossa maior aposta são os jovens, por isso deverão aproveitar os temas que serão abordados no sentido de fazerem a réplica no quotidiano dos seus trabalhos", precisou a fonte.
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