Novos incidentes violentos ocorreram nas operações na África do Sul da Lonmin, a terceira maior produtora mundial de platina, informou a empresa, esta Segunda-feira (27), o que elevou a preocupação com a possibilidade de novos episódios fatais no local onde 44 pessoas foram mortas, este mês, no meio de conflitos trabalhistas. "Houve incidentes de intimidação de motoristas de autocarros durante a noite e também de trabalhadores da área leste, impedindo-os de ir para o trabalho", afirmou a companhia num comunicado.
A maioria das operações da Lonmin foi suspensa durante duas semanas em razão duma greve por salários de cerca de 3 mil dos seus funcionários.
Segundo a empresa, cerca de 13 por cento de suas força de trabalho das 28 mil pessoas compareceu ao trabalho, esta Segunda-feira. Este número está muito aquém do necessário para a retomada da extracção do minério.
O sindicato Solidariedade, que representa trabalhadores qualificados, também informou que houve nível elevado de intimidação.
Noutro desdobramento, os trabalhadores duma mina operada pela Eastern Platinum na África do Sul foram alvo de piquetes que impediram-lhes de ir para os seus postos. Acredita-se que as pessoas que lhes bloquearam sejam colegas, segundo a União Nacional dos Mineiros.
A violência tem origem numa disputa sangrenta entre a União Nacional dos Mineiros (NUM, na sigla em inglês), o sindicato dominante, e a pequena, mas militante, Associação dos Mineiros e Sindicato da Construção (AMCU).
A Lonmin também informou que poderá emitir mais acções para melhorar o seu balanço, afectado pela perda de produção e receita.
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