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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

centro de documentação e informação desportiva de moçambique: Fer. de Maputo, 0 – Maxaquene, 2: Força e magia “tricolor”

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Fer. de Maputo, 0 – Maxaquene, 2: Força e magia "tricolor"
Sep 17th 2012, 11:44



O MAXAQUENE demonstrou a lição de bem jogar aliada ao valor colectivo no duelo com o Ferroviário, sábado, no Estádio da Machava, vencendo merecida e categoricamente, por 2-0. Os golos foram apontados na segunda parte por Betinho e Jair.

 

As expectativas à volta do embate acabaram sendo manchadas pela chuva miúda que caiu quase ininterruptamente ao longo do dia, não oferecendo as condições necessárias para a prática de um bom futebol e uma maior afluência do público ao recinto do jogo. Mesmo assim, houve momentos memoráveis protagonizados pelo Maxaquene.

 

 

Os "tricolores" exibiram-se com uma qualidade acima da média, dada à excelente circulação de bola e maior articulação entre os sectores. Isso conferiu-lhes maior posse de bola e capacidade ofensiva, forçando os "locomotivas" a recuarem na estratégia e a cometerem muitos erros na abordagem do seu jogo.Diga-se em abono da verdade que o Maxaquene teve maior produção de jogo, tendo por isso sido a equipa que mais oportunidades de golo criou.

 

 

O jogo teve uma primeira parte menos boa em termos de qualidade de espectáculo, talvez tenha concorrido para isso a maior precipitação (chuva) registada nesse período comparativamente à segunda metade. As equipas jogaram mais pelo coração, portanto de forma atabalhoada. O esférico esteve mais vezes nas alturas.

 

 

 Contudo, foi notório, do lado "tricolor", um esforço para fazer o melhor. Arrancou algumas jogadas bem desenhadas. O Ferroviário experimentou sérias dificuldades para sair a jogar perfeitamente, dada a pressão exercida pelos "tricolores" à entrada do meio-campo "locomotiva".

 

Foi muitas vezes forçado a recuar, optando por despachar o esférico. Só que o Maxaquene esteve melhor tanto a defender como a atacar tendo, por isso, sido primeiro a chegar à baliza contrária, com Kito a fazer uma excelente assistência para o isolamento de Betinho, aos 11 minutos. Mas este atirou desenquadrado com baliza, com Kampango um pouco adiantado nos postes em apuros. De seguida, Macamito fez quase o mesmo, com um passe bem tirado para o isolamento de Jair que, vendo Kampango em sua direcção, atirou em jeito, mas a bola não teve a direcção certa, com a baliza escancarada. 

 

 

Entretanto, a segunda parte arranca com ambas as partes desejosas de melhorar a sua prestação. Mas o Maxaquene continuou na mó de cima. O Ferroviário tentou jogar como mandam as regras, mas pecava no fim, perdendo a bola de forma infantil. A entrada de Hélder Pelembe para o lugar do médio-ofensivo Liberty, que jogava como falso ponta-de-lança, foi uma mais-valia para os "tricolores".

 

 

Logo à entrada foi encarregue de marcar o livre próximo do vértice direito da grande área "locomotiva", que ditou o primeiro golo do Maxaquene. Atirou contra a barreira, tendo o esférico se projectado para a pequena área onde, depois de tanta insistência, a bola sobrou para Betinho, que atirou a visar, aos 71 minutos.

 

 

O Ferroviário foi atrás do prejuízo e quase chegou ao empate, naquele tiro de Tchitcho para o poste, na marcação de um livre, aos 81 minutos. Continuou a lutar, mas sem sucesso, porque a defensiva "tricolor" foi intransponível e resguardava com êxito os cruzamentos projectados à área, tanto por Zabula, bem como por Diogo.

 

 

O Maxaquene manteve-se na mó de cima e endiabrado, com Kito a rasgar o meio-campo da direita para a esquerda, confundindo a defensiva "locomotiva" e assistindo com frequência o ataque. Betinho teria bisado, aos 85 minutos, naquela oferta da defensiva a Jair que, vendo Betinho em posição privilegiada, fez o passe para o atacante "tricolor" atirar com precisão, mas Chico foi a tempo de tirar a bola na linha de golo.

 

E acabou sendo o próprio Jair a fazer o 2-0, no primeiro minuto dos sete de compensação, numa outra má saída da defensiva "locomotiva". Jair interceptou o passe de Zabula, galgando do meio-campo até à baliza de Kampango, que não teve como evitar o golo.

 

 

O Ferroviário tentou o possível. Acácio evitou aquilo que seria o golo certo de Whisky. Dois tiros bem direccionados forçaram o guarda-redes "tricolor" a duas palmadas para canto.A equipa de arbitragem, liderada por Aníbal Armando, fez um trabalho aceitável.

 

 

FICHA TÉCNICA



ÁRBITRO: Aníbal Armando, auxiliado por João Paulo e Estrela Gonçalves. O quarto árbitro foi Arlindo Silvano

 

FERROVIÁRIO – Kampango; Butana, Zabula, Chico e Vling (Imo); Rachid (Manucho), Whisky, Tchitcho e Diogo; Luís e Clésio (Fanuel)

 

 

MAXAQUENE – Acácio; James, Campira, Gabito e Eusébio; Kito, Macamito, Payó e Jair e Liberty (Hélder Pelembe); Betinho (Mário)

 

 

DISCIPLINA: cartolinas amarelas para Zabula e Liberty

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias

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